sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ser vacilante


Ser vacilante

Vaga
O ser.
Sem rumo, trôpego.
Perambula entre sombras dançantes,
Na imensidão dos enganos inacreditáveis
Que persistem em dominar os sentimentos.




Histórias de anjos

Nas paredes e tetos, escreveram-se histórias
Permeadas de risos e lágrimas.
Para decifrá-las, ouço coração
Cantar em poesia
Sobre vidas
Angelicais.

Teoria:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2015/04/escada.html

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Olhar do Poeta





O poeta olha além.
Não apenas o céu,
Da lua, sorri-lhe a amada.
As estrelas bordam o véu
Que eternizada a mantém.
Passa o olhar do poeta
Pela noite da seresta
E embebe-se com a festa
Da melodia tocada,
E uma lágrima secreta
Suplicia-o como seta.
Nebuloso, seu olhar
Ainda espera alcançar
Um outro olhar para amar.


Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Recortes de papel de seda


 
 

Pelo tapete,
Pedaços de lembranças.
Sonhos de papel de seda.
Num dia de verão,
Céu azul, sol, vento,
Visitaram o céu
Em forma de pandorga
E ouviram o canto afinado dos anjos.
Em outro dia, de inverno,
Geada caindo,
Fogueira acesa na rua,
Enfeitaram a dança da menina bonita
Na noite de São João.
Emocionada, juntei-os um a um
E guardei-os outra vez na gaveta
De onde não deveriam ter saído.
São sonhos,
Precisam ficar
Sempre abrigados
Na suíte do coração.
 

 
Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Quando me perdi de ti?





Espero encontrar-te um dia.
Sem ti sofro em demasia. 

Tramo as emoções em versos
Que de ti cantam poesia.

Braços vazios suspensos
Pedem tua companhia.

Quantos ais o coração
Soluçou na manhã fria!

Não estás mais a meu lado,
Vago no céu da magia.
 
De olhos cerrados te vejo
Entre nuvens de alquimia.

O mundo gira sombrio,
E eu roída de agonia...

Ecoa no tempo a dor,
E a saudade me desfia.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google