Na
escura noite,
enquanto a chuva
cai,
Palavras
empolgam a minha mente,
Evoluem,
vibram, e o verso vai
Para
o espaço poético de repente.
Poeto
para além da tempestade.
A
poesia atravessa a escuridão
Atinge
o silêncio, a imobilidade,
E
explode, e ressoa na solidão.
Ao
longe, insiste o lamento
do vento,
Que
carrega consigo as folhas
mortas
Para
além do universo
em movimento,
Transpõe janelas, portas e comportas.
Em forma
de canção parte
de mim
O
poema, que
percorre as estrelas,
Levado
pelo etéreo querubim,
Que
passa por
seu caminho
sem vê-las.
Mardilê Friedrich Fabre
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