sexta-feira, 16 de março de 2012

Confissão























Continuo aqui.
Soltos, meus pensamentos
Diluem-se no vento da madrugada.
Luto para reuni-los.
Nas pontas dos dedos,
As palavras rodopiam emoções,
Batem nas lembranças,
Misturando amores e ilusões.
Rebeldes, não se ligam
Para formar a essência dos versos.
Identifico-as,
Tento em vão pegá-las,
Escampam-me.
E sem versos, como confessar-te
Na poesia impulsionada pela alma
Que sempre estarei aqui,
Embalada pelos acordes do teu aconchego,
Esperando-te, se quiseres comigo
Lançar-te em voos insensatos de novo?




Mardilê Friedrich Fabre


Imagem: Google



2 comentários:

Jorge Sader Filho disse...

O poder mágico da palavra.
Sem ele, tudo fica mais difícil, quando não impossível.

Carinho,
Jorge

Anônimo disse...

Parabéns Mardilê!!!
Lindo poema.
Um abraço
Daniel