Ainda
não aprendi
A
fazer corretamente
Minha
lição de casa.
Quando
penso ter acertado
Toda
a sublimidade com palavras mágicas,
Vem
a vida e mancha
Meus
códigos caprichados.
Apago
e refaço,
Apago
e refaço...
Fico
tonta, com a mão cansada.
O
coração afoga-se em lágrimas...
A
mente paralisada
Não
produz pensamentos.
A
criatividade inexistente
Desiste
de impulsionar idéias.
Luto,
para que a luz
Continue
acesa em minha memória.
Não
existe perfeição, não posso desistir.
Saio
das sombras para não perder a direção.
Conquisto
o que parecia impossível:
Meus
termos essenciais ora estabelecidos.
Retomo
minha história
Para
servir de texto-base
A
fim de acertar de agora em diante,
Retornam
as visões claras
De
momentos impossíveis de esquecer.
Recomeço
do zero... fantasmas aparecem,
Rondam-me,
sussurram sugestões...
Em
esmaecidas salas, descuidadas, escondo-me.
O
tempo gira veloz,
E
tira-me o direito
De
transitar sem complementos.
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagem: GameDesire
5 comentários:
Diariamente lutamos para deixar nossas lições de casa prontas..mas o destino por vezes nos choca tirando seu brilho
Uma poesia muito forte e densa. Não é fácil comentar; tudo nela vem muito de dentro, daí repetir que "viver é muito perigoso".
Abraço, poeta e amiga >Mardilê.
Aplausos. Pedro Passamani
Cada vez algo que parece escrito para mim!
É o momento em que leio e me serve de alento!
Quero seguir exemplos, conselhos , encontrar soluções, enfim
Me esforço, luto e , sem sucesso, só peço que ainda tenha tempo.
bjs. querida e parabéns!
Re
Excelente ! Curti, do princípio ao fim, pela criatividade, ritmo e profundidade. Abraços do amigo Paolo."
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