Um dia...
Vesti-me com pétalas de saudade,
Assaltada por lembranças travessas
De um tempo só de sensibilidade,
Em que corações não ouviam cabeças.
Assaltada por lembranças travessas,
Eu flutuava entre enganos e ilusões
Em que corações não ouviam cabeças,
E a vida conspirava ligações.
Eu flutuava entre enganos e ilusões
No silêncio da madrugada esperta,
E a vida conspirava ligações
Nos descaminhos da distância certa.
No silêncio da madrugada esperta,
Eu me mesclava à perfeição de Deus
Nos descaminhos da distância certa,
Enquanto sorvia desejos meus.
Eu me mesclava à perfeição de Deus,
Sofrendo dos outros todas as dores,
Enquanto sorvia desejos meus
De livrar o mundo de maus condutores.
Sofrendo dos outros todas as dores,
Queria a graça, fazendo justiça,
De livrar o mundo de maus condutores,
Aspiração de minha alma noviça.
Queria a graça, fazendo justiça,
Atrelada aos meus dias passados,
Aspiração de minha alma noviça,
Derramar sentimentos abençoados.
Atrelada aos meus dias passados,
Sozinha, tocada pela bondade,
Vertendo sentimentos abençoados,
Vesti-me com pétalas de saudade.
Mardilê Friedrich Fabre
6 comentários:
Muito interessante. Não conhecia esse formato.
Valeu...
Fico admirado com a capacidade de Mardilê em construir um verso tão soante, agradando nossos ouvidos.
Eu os recito baixinho...
Abraço,
Jorge
Passei para conhecer seu blog, e deixar-te um abraço pela sua filiação á Cia dos Blogueiros.
Abração!
Também não conhecia esta técnica poética. Parabéns pelo engenho das palavras. Quem sabe um dia eu me avanturo a escrever um Pantum, hehe.
Abraços Mardilê.
Encadeando versos, que lindo.
Acho que nunca vi. Amei.
bjs
Interessante este pantum, não conhecia. bjs, vilma
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