Olhar errando no vazio,
Mão inerte no ar,
Pensamento nos caminhos palmilhados,
Alguns deles esquecidos;
Outros ainda vivos,
Alimentados pela esperança
De não serem mais fantasias
E se transformarem em poesia,
Salienta-se na penumbra a sombra do poeta,
Que, desfocado,
Absorto e retraído,
Pela mente entorpecida,
Perde a imaginação,
Que se detém retida,
Controlada, sufocada...
Seus ais ressoam até a lua,
Que, penalizada com seu sofrimento, para,
Acompanha-o na sua dilacerante solidão,
Enviando-lhe seus raios argênteos,
Para que ele liberte em poesia
As emoções acorrentadas em seu âmago.
Assim iluminado pelos frisos de prata,
O poeta estremece
E move-se em câmara lenta
Como se um anjo lhe murmurasse
O poema que a mão despertada
Passa a desenhar ainda combalida,
Receosa e lânguida,
Desnudando-lhe a alma inquieta.
Seu pensamento, então, flui brandamente,
Eternizando-se em versos,
Que ultrapassarão a imensidade do tempo.
Mardilê Friedrich Fabre
Imaagens: Google
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4 comentários:
E assim são feitas as obras de arte que ficam para a eternidade.
Carinho,
Jorge
Mardi, por quê não foste na aula hoje, estavas fazendo "o Poeta e a Poesia"?Ah, então tá bem, porque é linda, linda!Bj,saudade,Gisa
Minha querida Poetisa e amiga
Mardilê
Você sempre está nos brindando com maravilhas Poéticas.
Continue sempre assim para o enriquecimento da Literatura Poéticas.
Beijos no coração.
E a mão deslisa, desenhando suaves curvas que revelam a alma!!!!!!!1
Lindo..........bj Re
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