Luzes
Luzes resplandecem em meu interior,
Labirinto intrincado percorrem,
Lançam-se indomáveis pelo olhar.
Livres, iluminam os solitários.
Lacunas turvas preenchem ousadas,
Legitimando sua atrevida vocação:
Liquidar com as trevas e o desamparo
A canção que não cantarei
Meu coração cadencia em dós
O ritmo da madrugada suspensa,
Entrega-se à cantiga da vida.
Introjeto-a enleada em nós.
Rolando incauta pela descrença,
Ela jaz em mim entorpecida.
Acordes se extinguem na garganta.
Meu olhar suplicante em vão canta.
No meu cantinho
Lá,
No fim
Mais secreto
Do meu cantinho,
Moram uma fada
E meu anjo sem asas.
Os clarões na minha mente
São do condão os toques mágicos.
E os meus olhos tristes ante o mal
Dizem do choro do anjo na minh´alma.
Mardilê Friedrich Fabre
2 comentários:
Mardilê, "A canção que não cantarei" está maravilhosa. Recitei algumas vezes; gosto de fazer isto quando a poesia me agrada.
Carinho,
Jorge
Mardilê...doce Mardilê...
Teus versos me encantam e me trouxeram luz à alma apesar das lágrimas aos cantos dos olhos...
Recitei e recitei " A CANÇÃO QUE NÃO CANTAREI"....assim como o teu amigo Jorge. è incrível mas, as palavras nos pedem acordes e som para se ouvir....
""Meu coração cadencia em dós
O ritmo da madrugada suspensa,
Entrega-se à cantiga da vida.
Introjeto-a enleada em nós.
Rolando incauta pela descrença,
Ela jaz em mim entorpecida."
Belíssima fazendo sentido ao que meu coração sentia e o que "fazia em mim entorpecido fêz-se vida em ritmo de madrugada suspensa..."
Lindo!!! Beijo. Ju
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