Voltada para dentro de mim,
Sinto-me
Em dimensões invisíveis.
Minhas emoções detidas
Em teias tramadas
Por fios indestrutíveis.
Não respiro,
Sufoca-me o desamparo.
Tudo escuro.
Luto com desespero
Sem êxito.
Fogem-me as forças,
Estou combalida.
Não posso desistir.
O destino implacável
Não dá tréguas,
Conduz-me impassível.
Preciso desatar os nós.
Libertar-me.
Retomar as rédeas de mim,
Traçar meus caminhos sem medos,
Dialogar comigo de novo,
Soletrar as palavras
Paralisadas nos lábios,
Pronunciar poemas possíveis,
Dividir minha poesia com o mundo.
Renascer na luz dos gestos.
Mardilê Friedrich Fabre
4 comentários:
Quantas vezes cada pessoa não se sente tal qual as tuas palavras, os teus sentimentos e anseios, mas o que fortalece é saber que há pessoas capazes de expressar suas emoções para que tudo se renove e a vida retorne e com isto as demais pessoas também encontrem as suas forças vitais...
O que seria da vida se não existe o[a] poeta[isa]
Abraço
CeGaToSí®
Desatar nós, respirar, libertar-se de tudo e de todos para ter uma vida autêntica, no grande encontro consigo mesmo, é o que nos propõe Mardilê.
Carinho.
Jorge
É, belo e singelo, até mesmo ouvi o grito...Me encantas e me assustas com meu próprios devaneios...Bjusssssssss
Nooooosssssaaaa!!!!!! O teu frêmito da alma é mesmo muito lindo, espetacular, tanto os poemas quanto as fotos. Lindo! Lindo! Lindo!
Abraço
Liti Belinha
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