Saudades...
Do
crepitar vermelho
Que
cozinhava lentamente
A
ambrosia dos deuses
(Vontade
de provar...)
“Vai
queimar o dedo, guria!”.
Saudades...
Do
troc troc troc da máquina de costura
Que
dava forma ao tão sonhado vestido,
Ímpar,
perfeito, sem igual.
Saudades...
Do
caminhar cantarolante
Para
a hora do café da tarde...
Do
colo quentinho na hora da dor.
Sanava
qualquer mal.
Saudades...
Do
carinhoso curativo nos joelhos sangrentos...
Dos
provérbios, em vez do “eu te avisei!”
Saudades...
Das
vidas que vivem em mim,
Que
me amaram,
Apesar
dos meus defeitos,
Que
acreditaram em mim,
Que
me ensinaram
A
aceitar as horas de provação
Com
um sorriso nos lábios.
Mardilê Friedrich Fabre
4 comentários:
Belíssimo e encantador. Abraços. Ilda Brasil
Uma singular homenagem, Mardilê.
Abraço
Jorge
Mardilê, me vi nesse poema! Lindo! Lindo!
Beijos
Chica Sperb
Lindo! Fez lembrar da minha infância!
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