Pelo corpo
escorregam
Fios de
luar.
Cabelos
prateados
Derramam-se
em cascatas
Pelas
quimeras despertadas
Dentro do
peito inquieto.
O eco dos
acalantos
Suga
paixões imóveis.
Sentimentos
traçam
Versos
irregulares na calçada gélida
Da
madrugada cerzida de estrelas.
Almas
rumorejam desejos de cetim
Que nutrem
poesia lunática.
Melodias
dormem nas partituras...
Aguardam
por delicadas mãos
Que as
despertem
De seu
pesado sono.
Noites
mastigam dores
No silêncio
resignado
Do leito
balsâmico
Que recebe
vidas em pecado.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem:
limaverde1.wordpress.com
7 comentários:
Passei até a gostar mais dos meus cabelos prateados.
CCF
Como sempre, poetas lindamente, querida! E como disse o Celso, passei a gostar mais dos meus cabelos prateados. Efeitos da leveza de sua poesia.
Beijos, amada.
Maravilhoso! Parabéns. Ilda Maria Costa Brasil
Sua poesia tem leveza como cabelos ao vento. Prateados ou nao..Como melodias soltas ao ar. Como o descansar no silencio e viajar o mundo sentado olhando as paginas se virarem ...
E nós, seus leitores, vamos pensando sobre o assunto, Mardilê.
Abraço
Quanto mistério debaixo da tranquila aparência!
Eterno vulcão em ebulição....
re
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