A espera por um sinal
teu
Sufoca-me a alma.
Estavas escondido
No mais recôndito de
mim.
Já nem sabia que
existias,
Eras somente uma
embaçada lembrança
Que o meu coração
inconsciente desejava.
Minha memória agora
desperta
Escreve nossa história
de amor
Atemporal, sem princípio
nem fim,
Com o meio a transbordar
em versos
Que um a um caem na
página vazia
Do desejo cativo da tua
tez.
Não posso abraçar-te,
Perco-me no teu olhar
doce e único,
Respiro a fragrância da
tua presença,
Travo uma constante luta
Para amanhecer sem saber
de ti
Como no tempo em que
ficaste desaparecido
E eu não ansiava em
alcançar-te
Porque meus sentidos
Eram marcados por tuas
nuances.
Pareces fugir de mim
Como acordes de dedos
tristes
Espalhados pelo ar.
Não há retorno.
Resta o vácuo das
palavras cristalinas
Que não foram
pronunciadas.
Preciso refazer minha
vida sem ti.
Dar-me a escolha de
ternuras
Que não dependem de ti.
Não quero esquecer-te
Foste importante para eu
conhecer-me.
Voltarei a encerrar-te
No mais profundo
Da minha alma solitária.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem:www.rodrigooller.com
3 comentários:
Lindo e profundo tema!
Difícil apagar da alma aquilo que ela projetou para si..abraços e um lindo final de semana
Este enterro é tão dolorido quanto todos os outros.
Despedidas machucam!
Abraços
Muito bom Mardilê. Gostei e me tocou.Daniel Justo
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