sábado, 7 de outubro de 2017

Guardo ainda a fotografia



Guardo ainda a fotografia
Que me deste em longínquo dia.
Teu olhar para mim sorri...
É o que me resta de ti.

Partiste sem explicação.
Confusa, procurei-te em vão.
A madrugada foi companheira
Nas horas de dor derradeira.

Não esqueci nosso segredo
Que ficou muito tempo quedo
No mais recôndito de mim,
Que num átimo veio assim.

Uma palavra dita ao léu,
A chuva que brota do céu,
O arco-íris com as sete cores
Que vêm enfeitar amores.

Quero lembrar-me até morrer
Daquele dia ao anoitecer,
Quando roçaram nossos lábios
E os corações não foram sábios.


Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Luiza Lopes

Um comentário:

Unknown disse...

Muito lindo seu poema..esta fotografia rendeu muitas batidas pelo jeito...rsrs..gostei do formato.