A vida seguia devagar...
Monótona... tediosa...
Num traçado reto,
Sem curvas, nem subidas,
Nem pedras no caminho...
O coração já se
acostumara
À mesmice dos dias sem
graça.
Não havia sonhos nas
margens infinitas.
Até que... certo dia...
Apareceu-lhe sem ser
chamado
Um amor pulsante de
afetos.
Nela reverberou a música
Da partitura composta
Em momentos coloridos e
brilhantes
De um tempo diáfano.
"Impossível", segredou-lhe
a razão.
Indecisão passageira.
Para o amor não existem
empecilhos.
Toda uma vida em
lampejos,
Acendiam e apagavam como
vagalumes
À procura de sentido
para continuar...
Ainda hesitante, deu-lhe
guarida,
Permitiu que se
alojasse,
Não podia perdê-lo outra
vez.
Seria como morrer sem
alcançar
A claridade do bálsamo
de ternura.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: A Soma de Todos os Afetos
2 comentários:
Mardilê, vc arrasou. Veio com tudo e de maneira simples falou td sobre o amor. Sílvia Helena Borges.
O amor é uma fonte inesgotável de vida e da vida. Quando se aloja pra valer faz ver a vida em cada momento. Ressurgindo ou fazendo-a nascer..
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