Há uma grande confusão no bar .
As pessoas calam-se pouco a pouco . Agora , escuta-se apenas o som das respirações , como o prenúncio de um grande acontecimento .
O homem começa a tocar . A música soa alegria límpida. As notas transpõem os vazios e atingem as pessoas, transportando-as para mundos imaginários de sensibilidade e paz . A perfeita interpretação faz dos momentos sinfonia.
A última nota do sax cai no silêncio , como o último suspiro da alma do artista , como o último alento de um ser sobre a terra .
Devagarzinho, as pessoas despertam da hipnose e recomeçam a viver sua medíocre realidade .
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google
2 comentários:
Ninguém se dá conta, em todo tempo, que ele está sendo desperdiçado. E quando abrem os olhos, o tempo passou, a vida acabou.
E o saxofone continua tocando...
Carinho,
Jorge
Eu adorei, por vezes fico olhando sem olhar, aquele que passa através das pessoas...pelo menos cem vezes já te peguei divagando assim, eu sei que captas as almas acordadas e mortas....bjão,amei
Postar um comentário