Na imensidão desta noite,
é
da minha triste alma açoite ,
da minha vida arcabouço .
Na imensidão desta noite ,
entra em mim . Talvez pernoite
É só o silêncio que ouço.
A natureza respeita
despojado calabouço
e a calar-se se sujeita .
Da minha triste alma açoite
é a dor que me deprime.
Falta-me ânimo , aloite,
p´ra suportá-la sublime .
Da minha vida arcabouço
é a solidão sem fim
ao ritmo de um bandolim .
Mardilê Friedrich Fabre
Imagens: Google
2 comentários:
Adoro trovas, e gosto de tentar algumas. As suas estão pedindo mesmo um violão, um bandolim português, uma flauta.
E ser cantada como merece!
Carinho,
Jorge
Apecio o jogo de palavras, cujo domínio te é peculiar, com muita propriedade e beleza.
Renate
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