Giram as pás
do moinho
Nas águas
limpas . Redemoinho .
Giram passos
no mesmo lugar .
Dá voltas
pelo ar . Carinho .
Giram pedras .
Desacomodam-se
E, de novo , aquietam-se.
Acomodam-se.
Giram afetos
nas poesias
Desejado e temido. Desatino .
Giram as flores. Acompanham o sol
Giram as noites. Giram os dias.
Retorcem-se mãos
vazias. Fobias.
Gira o sonho. Vai para o céu.
Desaparece... aparece... Ao léu.
Giram as estações ,
e as gerações
Cruzam-se e tramam-se. Senões .
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagem:
Google
3 comentários:
A aprimorada técnica de Mardilê, dominando o verso. Este e outros motivos - beleza e encantamento dos versos - justificam seu último prêmio, o "Mágico de Oz".
Parabéns, poeta.
Meu abraço.
Parabéns, Mardilê, pelos belos verso e pelo prêmio. A vida gira sem cessar. Beijos.
Benedita Azevedo
Como sempre, arrasaste! Que prêmios bem merecidos!
Eu viajo lendo tuas poesias. E muito mágico o efeito que elas exercem. Obrigada por me presenteares com tuas obras de arte.
Neida
Postar um comentário