Impelida pela inquietude
Que me oprimia,
Saí sem destino.
A relva molhada
Umedecia-me os pés,
Esfriava-me o corpo,
Só não me esvaecia a
dor.
Recolhida em mim,
Esbarrei na beleza.
O colorido das flores do
campo
Ao sol nascente,
lembrou-me Monet.
Singelas, trêmulas, as flores
Equilibravam gotículas
brilhantes
E espargiam leve aroma
Que a brisa se
encarregava
De levar em seu seio.
Embriagava-me de
delicadeza,
Refrescava-me com a
doçura.
Olhos cerrados,
vislumbrei seu bailado,
Abandonei-me aos seus
afagos,
Permiti que suas pétalas
Cobrissem meu corpo
inerte.
Mardilê
Friedrich Fabre
2 comentários:
Olá, Mardilê, querida.
As emoções um dia sentidas, ficam guardadas, algumas, imortalizadas até, talvez.
Um perfume, um cheiro de pele, um certo sorriso que captamos, um quadro pintado com algum motivo que nos cativou...
E fez-se a poesia. Não a poesia complexa em sua mensagem inteligível, mas a poesia que fala através do coração para um outro coração, aquele de quem a lê.
Foi assim, que eu aceitei o seu convite de visitar o seu novo poema. Foi assim, que deixei-me ser conduzida por ele. Foi assim, que permiti-me ser absorvida por suas cores, seu perfume e por sua suavidade e beleza.
Um grande abraço.
Irany
Esta é uma verdadeira alma impressionista, Mardilê!
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