Hoje as estrelas
decidiram
Aparecer mais tarde.
Não se importaram
Com os devaneios
imprudentes
Do nômade poeta
Em busca das parlendas
De luas costuradas nas emoções
E flores de ilusão
Para presentear a amada.
Hoje curaram os estigmas
De mitos embutidos
Nas linhas de dilemas
Com sabor do fascínio da
imaginação.
Hoje a ausência balança
Entre o céu e o
arco-íris,
Vence caminhos sombrios
E atinge cenários
imagéticos.
Hoje a sensibilidade
cala o pensamento,
E a alegria dança
No salão da morte
Conduzida galantemente
Pela luz do ideal de
liberdade.
Hoje o olhar desenha
O horizonte vestido de crepúsculo
silencioso
Enquanto a noite desce
Escondida pelos reflexos
dourados
Da escuridão fictícia.
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagem:
Google
4 comentários:
Profundo... complexo... belo!!
Profundo... complexo... belo!!
Li e reli...gostei da forma como conferiste cor e luz aos fenômenos naturais...senti este hoje ligado a algo que já aconteceu...tem beleza e melancolia bem equilibradas na minha opinião.
Abraços,
Eloísa
Hoje é tudo festa!
Abraço,
Jorge
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