A vida dependurada
Na ponta de uma agulha
Pinga gotas vermelhas e
incolores
Nas horas de espera,
Equilibra-se no amor
E na amizade...
Rompem-se bolhas
protetoras
E soldam-se porções.
Sonhos esfacelam-se no
tempo...
O corpo exangue viaja
ilusões,
A mente atenta
Desperta a poesia
E nela divaga
introvertida.
Emoções latentes
Tatuam páginas estéreis
Com lembranças e anelos
Que afogam palavras
doridas.
O sorriso brilha solidão
E declama cautelas
Perfumadas de agonias.
Lágrimas escrevem versos
No rosto macerado pela
dor.
Mãos abraçam perfumes,
Tecem ternuras,
Mimam vontades,
Rezam metáforas fugidias
E tombam extenuadas
No regaço mudo
Que, débil, pulsa vida.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem:
Google
Um comentário:
Tão fugaz é a Vida, Mardilê!
Somos obrigados a ter honra e prazer diante desta dádiva!
Abraço.
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