Para o poente enrubescido.
O pôr do sol envolve
O dia num abraço.
Sufoca o mundo de nostalgia.
Esquivo-me entre bordados coloridos
Para alojar-me
Na tua eternidade,
Horizonte de juramentos efêmeros,
De amor de ilusões,
De felicidade sem alegria,
De sensação diluída.
O cristal infinito trinca,
A bolha protetora vacila...
Meu olhar, então,vagueia
Para teus olhos,
Pousados aquém de mim,
Sem cor, vazios.
Rejeitada, retorno ao escuro
Dos meus olhos.
Retomo o nada
Que me cerca
E apenas sonho-te.
Mardilê Friedrich Fabre
3 comentários:
Torne reais seus imaginários, Mardilê!
Brande abraço.
Adorei. Belíssimo. Abraços, Ilda Brasil
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