São azuis
as borboletas
Pousadas
na saudade
Dos dias
iluminados
Da minha
infância dourada.
Que me
fitam
Da transparência
lúdica
Da afeição
concretizada
Na eternidade
do amor.
São azuis
as palavras
Embriagadas
do perfume
Da poesia
vibrante de delírios
Estampada
pela desatinada paixão
Do
insensato poeta.
São azuis
as pétalas
Que me
banham o corpo
Com a
sensatez mediúnica
Da resignação
dominada
Com a qual
atinjo
Os limites
de mim mesma.
São azuis
os segredos
Murmurados
ao compasso
Da fugacidade
das horas
Impregnadas
de desalento.
São azuis
as ilusões
Semeadas nas
frações
Entre sentimentos
imprecisos,
Sem laços
nem abraços,
Sem ternura
nem calor,
Que se
dissolveram no abismo
Da amargura
da noite fria.
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagens:
Google
3 comentários:
...azul pálido... anuviado de auroras... xxx Bom final de semana
São azuis os versos de Mardilê?
Abraço.
Parabéns pelo lindo poema. Adoro azul, é a cor da calma e do intelecto. Bjs Edi
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