sexta-feira, 28 de junho de 2013

Em seis versos

Ainda te sinto

Teu primeiro olhar,
Doce a me abraçar...
Tua voz canora
Em mim se demora.
Teu ar cativante
Agora distante.

Fere-me punhal
De amor imortal.
Afasto a tristeza
(Que me mantém presa)
Muito devagar.
Parei de sangrar.


Verso e Reverso

No verso do meu coração,
Imprimo versos...
No reverso da minha imaginação,
conceitos perversos...
E a vida segue uma canção
Em ritmos dispersos...


Rola
Tempo.
Infância...
Mocidade...
Recordações pulsam,
Lamentos gritam em silêncio...


Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Em sete versos


Enluo-me

Em noite volátil, banho-me de sereno,
Estrelas pisca-piscam segredos nevoentos.
Estremecem as mariposas invejosas.
Enluo-me para, curiosa, descobrir-te
E contemplar-te, poeta tristonho e insone,
Ébrio de sentimentos que te machucam,
Escrevendo tuas fantasias de saudade...

 


Um sonho, duas almas

Acordes de uma linda melodia
Solfejam amor à donzela.
São emoções em harmonia
Que o poeta canta p´ra ela.
As notas vêm moduladas
Atingem em cheio o sonho dela.
Dançam as almas abraçadas.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Em oito versos

Memórias

As ondas quebram nas rochas.
Com o impacto, escuto o passado...
Tua voz... Teu riso molhado...

O vento murmurava versos
Que eternizaram a paixão
Que exauria meu coração.

Flutuávamos em comum...

Nossos destinos eram um...



Ressaca

Hoje o dia acorda de ressaca.
O mar se distrai e não marulha,
E o sol não arremessa seus raios.

Existe medo nos corações.

Na vida, o cansaço se destaca,
O mundo de tristeza borbulha,
E os homens enxergam-se zambaios.

os poetas salvam seus condões.


Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pensando em ti...


Meu pensamento singra céu e mar,
Cai em precipícios, sobe montanhas.
Para fugir de loucas artimanhas,
Põe-se sem rumo a revolutear.

Ora é borboleta que a luz atrai,
Ora é o sol que entra pela janela,
Ou é música que vem da capela,
Ou é o vento que em fragor se esvai.

Depois de lutar, ágil, volta a ti
Meu pensamento. Sinto um calafrio.
Surpresa, volto-me e vejo-te esguio
A estender-me os braços. Endoideci?

É este silêncio que cala fundo,
Que pede e reclama tua presença
E tem como resposta a indiferença.
Não te apiedas deste ser moribundo...


Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google