sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Prazer e Pecado



Prazer é olhar a rosa ao sol
Abrir suas pétalas vermelhas.
Pecado é não ver o espetáculo.

Prazer é sentir nos pés o mar,
Acariciando-os da jornada.
Pecado é não saber desfrutar.

Prazer é ouvir a sinfonia
Dos passarinhos na primavera.
Pecado é não se afastar do inverno.

Prazer é o coração pulsar,
Quando alguém sussurra seu amor.
Pecado é não se deixar amar.

Prazer é ver um rosto sorrir,
Mesmo que seja fingimento.
Pecado é não poder mais viver.

Prazer é caminhar de mãos dadas
No silêncio perfumado do tempo.
Pecado é não querer ser feliz.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem Google

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A Luz do teu olhar


Caminho sem destino pela praia.
O sol no horizonte reluz.
O mar, meigo, a areia seduz.

O vento interpreta Vivaldi.
um misto de mistério e magia
Na languidez das horas. Nostalgia...

O teu olhar me espera de tocaia.

Meu corpo se inunda da tua luz.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Poemas



A musa transforma-se em poesia,
cantada em versos rimados, ritmados,
imortalizada na analogia.

Sua beleza, envolta no esplendor
de poemas febris e iluminados,
soa metáforas de frescor.

Poemas célebres e majestosos,
devaneios líricos e primorosos.

Poemas em estrofes sublimadas,
canções ternas do coração jorradas.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

Teoria:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2014/11/elidram.html

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Além da tempestade



Na escura noite, enquanto a chuva cai,
Palavras empolgam a minha mente,
Evoluem, vibram, e o verso vai
Para o espaço poético de repente.

Poeto para além da tempestade.
A poesia atravessa a escuridão
Atinge o silêncio, a imobilidade,
E explode, e ressoa na solidão.

Ao longe, insiste o lamento do vento,
Que carrega consigo as folhas mortas
Para além do universo em movimento,
Transpõe janelas, portas e comportas.

Em forma de canção parte de mim
O poema, que percorre as estrelas,
Levado pelo etéreo querubim,
Que passa por seu caminho sem vê-las.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Existências Entrelaçadas




Lágrimas escorrem saudades
De faces difusas, passadas...
Mãos repletas de liberdades,
Amigas nas horas crispadas.

Sonhos em noite solitária:
Ser uma sereia envolvente,
Ser uma fada legendária,
Ser um anjo polivalente.

Os segredos aprisionados
Dissipam-se do relicário.
Encontro-os na lista guardados
Em velho e valioso breviário.

Vão martírios, voltam canções.
Notas suaves, delicadas
Pintam sons das recordações
De existências entrelaçadas. 


Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google