sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Paz do Poeta







A Paz do Poeta


Por um halo de paz rodeado,
O poeta tem a seu lado
Da noite a leveza e a magia.
Livre voa a emoção e esfia
O poema nele encerrado.


Que seja a paz o seu legado.
Nela quer ser aprisionado
O poeta que se inicia
Por um halo de paz rodeado.


De suas mãos sai o impensado
P´ra jovem de rosto rosado:
A promessa na poesia
De lembrá-la em hora tardia,
O que ele cumpre dedicado
Por um halo de paz rodeado.




Mardilê Friedrich Fabre




sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Um Novo Horizonte




Um Novo Horizonte 

Carreguei meu coração nos braços,
Andei nos terraços do tempo,
Chorei nos regaços dos riachos,
Tropecei nos embaraços das pedras,
Lamentei os cansaços de amor,
Rezei nos paços do horizonte,
Enfim, entreguei aos céus meus pedaços.


Desnorteado 

Caminhava sem rumo pelos trilhos.
Uma encruzilhada fê-lo parar.
Como os passos, pensamentos andarilhos
Arrastavam-no. Para que lugar?
Um silêncio cortante compungia-o.
Por um breve momento sentiu o ar,
Doía-lhe tanta melancolia.





Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Destino

.



Destino 

Burlou-me o destino.

Não é mundo divino,
Onde tudo é risonho.

Porém roubei-lhe o sonho.
Então nele me afundo.

O regozijo me imponho.
Os dias cinza elimino
E as energias reponho.

Regenero num segundo
Cada prejuízo ladino.
De luz e bem me circundo.

Refugio-me entre as flores.
Nelas minh´alma reclino
P´ra ver anjos voadores.

(ascendente)



Fluidificados

Não me abandona tua imagem,
Vens envolta em fios de prata,
Destilando pós que em mim agem.

Metamorfoseio-me assim
No ar translúcido que arrebata
Da noite o hálito do jasmim.

Agito-me na limpidez
Dos tons que jorram em cascata
Do meu corpo que só tu vês.

Nossas almas interagem
Numa comunhão sem fim.

Aos acordes de um flautim,
Sublimo-me na fluidez.

E o repouso desata.

(descendente)





Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google