sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Quando eu ficar velha...





Quando eu me sentir bastante velha,
Banharei meu corpo de luar,
E minha vida será centelha.

Ao vento contarei minha história,
E o eco da minha voz vai mudar
As cenas negras da trajetória.

Escutando em silêncio as crianças,
Reviverei nas minhas lembranças.

Cantando palavras de harmonia,
Lavarei o mundo da agonia.


Mardilê Friedrich Fabre

Teoria:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2014/11/elidram.html

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pela vidraça





Pela vidraça

A vida passa por mim.
Paro com o corre-corre,
De repente. Acordo enfim.
Chego diante da vidraça,
Meu olhar o céu percorre,
E a serenidade caça.
Recrio o meu amanhã
Ao som das canções do dia,
Não serei de mim vilã.
Pinto com cores vibrantes
O presente que me asfixia.
Já nada é mais como antes.
Carrossel iluminado,
Mundo gira renovado
Pelas notas da balada
De minh´alma transformada.



Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

E setembro chegou...






Setembro

Chega
Setembro.
Vem florido
E perfumado.
A vida transforma-se,
O amor floresce em tudo.
Melodiosas vozes se ouvem,
O sol pinta de ouro as calçadas,
Pássaros regorjeiam nas árvores,
E os namorados beijam-se nas praças.




Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google

domingo, 11 de setembro de 2011

Escada de Trovas (Descendo)



  Silêncio


Na imensidão desta noite,
é  o silêncio que ouço,
da minha triste alma açoite,
da minha vida arcabouço.



Na imensidão desta noite,
pela janela aberta, a lua
entra em mim. Talvez pernoite
em minha pousada nua.

É o silêncio que ouço.
A natureza respeita
despojado calabouço
e a calar-se se sujeita.

Da minha triste alma açoite
é a dor que me deprime.
Falta-me ânimo, aloite,
p´ra suportá-la sublime.

Da minha vida arcabouço
é a solidão sem fim
que em meu coração balouço
ao ritmo de um bandolim.



Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google

(Trova raiz - Mardilê Friedrich Fabre)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

No embalo da serenata





No embalo da serenata
Na noite calma e silente,
Sobe este luar de prata,
Voa o coração da gente,
No embalo da serenata.
Cantiga soa na mente
Amor eterno em tocata
Na noite calma e silente.
A cena enche suavemente
Aquela lacuna abstrata.
Voa o coração da gente.
 
Por momentos, de repente,
A vida plena desata
Na noite calma e silente.
 
Cada nota comovente
O devaneio arrebata.
Voa o coração da gente.
 
No rosto, o rubor desmente
O que a frieza relata
Na noite calma e silente.
 
O olhar cauto e pertinente
Fala do encontro sem data.
Voa o coração da gente.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google




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