sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Poetrix




No rumo da noite 

Some a poesia
na ponta da estrela.
Brilho eterno.



Poesia

Palavras de seda
jorram
carícias em mim.



Cabelos Prateados

Pelas frinchas do tempo,
imagens de antigo amor.
Cunhada no rosto, a saudade



Polifonia

Reverberam tons e nuances.
Lua atraída por solos
baila no palco da noite.


Fuga

Outra vez cabelos pretos.
Rosto sem rugas,
um reinício possível?



Mosaico

Na tela da vida,
escoa o tempo.
Pedaços de memórias.





Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Um dia...




Um dia...

Vesti-me com pétalas de saudade,
Assaltada por lembranças travessas
De um tempo só de sensibilidade,
Em que corações não ouviam cabeças.

Assaltada por lembranças travessas,
Eu flutuava entre enganos e ilusões
Em que corações não ouviam cabeças,
E a vida conspirava ligações.

Eu flutuava entre enganos e ilusões
No silêncio da madrugada esperta,
E a vida conspirava ligações
Nos descaminhos da distância certa.

No silêncio da madrugada esperta,
Eu me mesclava à perfeição de Deus
Nos descaminhos da distância certa,
Enquanto sorvia desejos meus.

Eu me mesclava à perfeição de Deus,
Sofrendo dos outros todas as dores,
Enquanto sorvia desejos meus
De livrar o mundo de maus condutores.

Sofrendo dos outros todas as dores,
Queria a graça, fazendo justiça,
De livrar o mundo de maus condutores,
Aspiração de minha alma noviça.

Queria a graça, fazendo justiça,
Atrelada aos meus dias passados,
Aspiração de minha alma noviça,
Derramar sentimentos abençoados.

Atrelada aos meus dias passados,
Sozinha, tocada pela bondade,
Vertendo sentimentos abençoados,
Vesti-me com pétalas de saudade.




Mardilê Friedrich Fabre

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Meu Pai



PAI

 Presença eterna,
Amparo seguro,
  Inigualável herói.

Barrinhas e Divisórias


Meu tipo inesquecível 

Tu, pai, és meu tipo inesquecível.
Amigo dos tempos sombrios,
Ensinaste-me a aceitar o indiscutível.

É constante tua presença.
Quando enfrento desafios,
Socorro-me na tua benquerença.

Embala-me o colo da tua lembrança.

Ficaram-me tuas virtudes de herança.


Mardilê Friedrich Fabre

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Grinalda de Trovas


Lua preguiçosa

Na noite tão silenciosa,
regada de nostalgia,
na trilha resplendorosa,
a lua preguiçosa ia.

A lua preguiçosa ia,
sentindo saudades tuas,
espalhando poesia,
banhando de prata as ruas.

Banhando de prata as ruas
vão estrelas pela via,
como tu que continuas
disseminando alegria.

Disseminando alegria,
atrasam-se aquelas duas,
que afastam a ataraxia,
afagando as flores nuas.

A lua preguiçosa ia,
banhando de prata as ruas,
disseminando alegria,
afagando as flores nuas.





Mardilê Friedrich Fabre

Imagnes: Google