Com este gazal fui classificada em 1º lugar no 25° Concurso Literário Internacional ALPAS 21 de Poesias, Contos e Crônicas DA ACADEMIA INTERNACIONAL DE ARTES, LETRAS E CIÊNCIAS 'A palavra do século 21' - ALPAS 21
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
E a caridade fez-se homem...
Inundou
de esperança os sofredores,
Proferiu
só palavras
caridosas,
Curou
as feridas com
mãos gloriosas,
Enxugou
lágrimas de olhos
tristonhos ,
Transformou
muitos corações
medonhos ,
Andou
pelos caminhos
de pés descalços ,
Afastou
inquietações e percalços ,
Encheu
de graças um
homem sem
fé ,
Provou
sempre amor
por seu
pai Javé ,
Semeou
paz onde
havia desalento ,
Viveu
dias de dor
e isolamento
Pelas
almas que
viera p´ra salvar
E
que não
poderia abandonar .
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagem:
home - Sapo
sábado, 17 de dezembro de 2016
Coberta de amor
Saudade
molha meu leito.
Deito-me
e cubro-me de amor,
Amor
salgado, mas amor
Com
perfume de maresia
Da
jovial infância ao lado
Das
personagens refletidas
No
tênue borbulhar das nuvens
Que
cantam meu nome em blandícies...
Minha
alma enternece meu corpo
Que
aprisiona emoções sutis.
Já
não leio mais, manipulo
Caminhos
nunca antes pensados,
Escondidos
pela cortina
De
espuma que me veste inteira.
Conduzida
pela mão lívida
De
Tétis, parto despreocupada do tempo.
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagem:
PBworks
sábado, 10 de dezembro de 2016
Vazio
Saudades
das tuas verdades,
Das
tuas flores,
Dos
teus livros.
Teu
rosto sempre presente
No
porta-retrato,
Sobre
minha escrivaninha...
O
tempo e a distância
Interpuseram-se
entre nós.
Permiti
que me escapasses,
Que
desaparecesses de minha vida.
Tua
voz chega-me como melodia
Que
me ataca o coração vazio.
Retenho
cada traço da tua boca
Como
se ontem tivesses falado contigo
No
nosso recanto.
Ah!
Se eu pudesse
Mais
uma única vez
Olhar-te
no fundo dos olhos,
Pegar-te
a mão
E
mergulhar minha solidão
No
teu colo perfumado!...
Uma
insensata vontade de gritar
Pela
rua o teu nome,
Para
que despertes
Do
teu sono eterno
E
voltes para mim,
Não
me abandona.
Só
a saudade me acompanha.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Penso Positivo
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
sábado, 26 de novembro de 2016
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Ironias da Vida - 1 lugar em Concurso
A vida comanda meu destino
Sem me mostrar seu traço ladino.
Ironicamente me conduz,
Normalmente dela desafino.
Percorro labirintos sinuosos
E de fraqueza me contamino.
Mas resisto, transponho os obstáculos
Numa luta cruenta e sem tino.
Venço as armadilhas preparadas,
Tomado de ânimo repentino.
Não há como acorrentar o tempo,
Ele tiquetaqueia ferino.
Cadencia o rumo que tracei,
Segundo o que sou: um peregrino.
Meu andar será interrompido,
Quando determinar o divino.
Para saber mais sobre o gazal, acesse: http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2014/10/gazal.html
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Vendedor de Sonhos
sábado, 5 de novembro de 2016
Pedras preciosas
Atingi
um estágio
No
qual não almejo mais
A
ilusão de uma jornada sem lágrimas.
Não
importa quantas vezes
As
sombras do passado me visitem
E
me recordem caminhos interrompidos
Pelos
delírios dos insucessos.
Percorri
uma trilha estreita,
E
o acesso dificultava-me
A
chegada ao objetivo traçado.
Desde
cedo, aprendi
Que
podia desistir...
Não
foram poucas as vezes
Que
a solitude e a incompreensão
Me
fizeram companhia.
Prefiro,
entretanto, focar
Na
satisfação de atos praticados.
Ainda
hoje a recompensa
Ecoa
em vozes longínquas envoltas em névoas.
Incontáveis
dons despertei
Com
palavras convenientes
E
momentos espontâneos de emoção.
Foram
peças valiosas
Que
ajudei a lapidar.
No
presente têm luz própria
Aprimoram
outras preciosidades.
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagem:cristão.tumblr.com
sábado, 29 de outubro de 2016
Febris Versos
Essa composição literária leva o nome de Tam Tam, cuja teoria explico e exemplifico no meu livro "Rumos da Poética no Século XXI.".
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Devaneios
Teoria deste tipo de composição literária:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2015/06/oitava-intercalada.html
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Entressonhos
Pelo corpo
escorregam
Fios de
luar.
Cabelos
prateados
Derramam-se
em cascatas
Pelas
quimeras despertadas
Dentro do
peito inquieto.
O eco dos
acalantos
Suga
paixões imóveis.
Sentimentos
traçam
Versos
irregulares na calçada gélida
Da
madrugada cerzida de estrelas.
Almas
rumorejam desejos de cetim
Que nutrem
poesia lunática.
Melodias
dormem nas partituras...
Aguardam
por delicadas mãos
Que as
despertem
De seu
pesado sono.
Noites
mastigam dores
No silêncio
resignado
Do leito
balsâmico
Que recebe
vidas em pecado.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem:
limaverde1.wordpress.com
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Trilha Sonora de Primavera
Ao alvorecer , ouço os passarinhos .
Na janela do nosso ninho .
Acompanha-me a trilha sonora
Na fadiga do labor
diário ,
Sonorizando o meu cenário ,
E o desalento vai embora .
Vem a ventura . Imprevisível !
Desnuda-se minha alma . Encanto !
Esquecida de mim , devaneio
E o meu dia com paz norteio.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem:
www.pinterest.com
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
sábado, 10 de setembro de 2016
Seria delírio?
Seria delírio de amor
Florir como a rosa
vermelha
À qual agrada ao sol se
expor?
Seria delírio, poeta,
Não desvanecer a
centelha
Que no coração é
secreta?
Seria delírio apagar
O passado que a luz espelha
Nas águas do lago ao
luar?
Que segredo com ardor
Esconderia a flor
quieta?
Por que o destino
decreta
Solidão aprofundar?
Salva-a o beija-flor.
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagem: blogdohelciosilva.blogspot.com
Teoria deste tipo de composição literária:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2014/11/escala.html
sábado, 3 de setembro de 2016
Do espelho
Teoria dessa composição literária, encontra-se neste link:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2015/06/oitava-intercalada.html
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Depois...
Depois...
a madrugada abriu um sorriso,
A
lua escorregou no horizonte liso,
As
estrelas tremeluziram mistérios,
A
manhã alvorou sem critérios.
Depois...
a alma perdeu a essência,
As
horas peregrinaram com displicência,
A
tarde acercou-se maravilhada
Porque
o sol afagava a florada.
Depois...
a mudez envolveu o corpo refeito
Com
um manto tecido com efeito
Em
momentos quando a letícia era protagonista
De
uma história dirigida para a conquista.
Depois...
sobrevivemos juntos, protegendo-nos da desgraça.
Confiamos
um no outro, e a felicidade da graça
Perpetuou-se
nos sonhos meus e nos teus.
Confiamos,
assim, que nunca diremos adeus.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: adrianabeatriz.blogspot.com
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Conflito
Uma
paz sem procedência
Ilude
o poeta
E
devolve-lhe a calma.
O
céu avermelha-se,
Repousa
seu presente
Na
fímbria da terra.
A
noite aproxima-se lentamente,
Enlaça
a existência.
Conduz
consigo a formosura da lua
E
o cintilar desconcertante das estrelas.
Pelo
ar espalha-se fragrância
De
afetos ocultos.
Nos
vincos das mentes românticas,
O
passado, teimoso,
Turva
o presente.
E
trava-se o conflito...
A
imaginação fértil
Apoia
lembranças sem data,
Diluídas
nas águas dos sentimentos.
Suspiros
embebidos em notas musicais
Emergem
das sombras.
Dó
que atravessa tempos de sol
Desce
de lá com palavras de Fá.
O
presente destrói o muro
Que
o separa de outrora.
Torna-se
doce,
Corta
os infortúnios,
Aproveita
o fulgor da lua,
Intervém
com asas de anjo,
Invade
o caminho do tempo,
Transforma
momentos em magia,
Confunde
a alma ingênua
Que
se refugia na quietude
Das
dobras das horas dormentes.
O
passado não quer ser esquecido.
Envia
sua mensageira
Sempre
presente.
A
saudade atinge em cheio
O
poeta que, aturdido pela desordem
Dominante
em seu coração,
Converte-se
em refém da esperança
De
retratar em versos
O
enredo de sua jornada
Entre
emoções molhadas pela essência
De
suas inquietações inocentes
Que
culminam no voo solitário
Para
o silêncio de si mesmo.
Mardilê
Friedrich Fabre
Imagem:www.fotolog.com
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Sintonia
Minto
para mim mesma,
Desvio
os pensamentos das lembranças
Das
nossas noites atrevidas,
Dos
teus abraços acalentadores,
Da
tua boca ansiosa,
Das
tuas mãos inquietas,
Do
teu corpo ondulante de regozijo.
A
poesia transborda de ti,
Rega-me
de felicidade incontida.
És
palavra viva
Que
me cativa
E
migra para minh´alma
Entre
a bruma da manhã,
Apareces
como se nunca te afastaras de mim
E
do meu carente coração.
Escuto
o eco da longínqua
Melodia
da esperança
Que
não me permite controlar
A
indiferença estigmatizada da ternura.
Acreditar
na tua volta
É
quase impossível...
Mas...
estás na minha frente.
O
sorriso inflamando-me o peito.
Minhas
faces vermelhas condenam-me.
Num
milésimo de segundo a razão prevalece,
Dura
pouco a lucidez...
Basta
que a tua mão
Toque
a minha numa proposta muda,
Carregada
de afetividade,
Emanada
do teu seio inviolável,
Para
todo o meu ser
Vibrar
na mesma sintonia do teu.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: closetopaolaoliveira.blogspot.com
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
sexta-feira, 22 de julho de 2016
sexta-feira, 15 de julho de 2016
sexta-feira, 8 de julho de 2016
sexta-feira, 1 de julho de 2016
sexta-feira, 24 de junho de 2016
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Versos que não escrevi
Saudades dos versos que não
escrevi,
Tão leves! lembram o voo do
colibri.
Com gosto de beijo de morango,
Tão sensuais! como uma letra de
tango.
Não revelam nosso apaixonante
segredo,
Tão misteriosos! têm a vida como
enredo.
Não cumprem sua missão:
despertar amor,
Tão entristecidos! morrem no
coração do criador.
Deixam sementes nos caminhos da
alma,
Tão envolventes! abraçam o tempo
com calma.
Não ensinam a usufruir dos
sorrisos de rubi,
Tão abandonados! perdidos nos
redobres do frenesi.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: utopia43.blogspot.com
Este é um poema cuja autora nomeou "enlaces disticus."
Teoria:http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2015/09/enlaces-disticus.html
sexta-feira, 10 de junho de 2016
sábado, 4 de junho de 2016
Saudades...
Saudades...
Do
crepitar vermelho
Que
cozinhava lentamente
A
ambrosia dos deuses
(Vontade
de provar...)
“Vai
queimar o dedo, guria!”.
Saudades...
Do
troc troc troc da máquina de costura
Que
dava forma ao tão sonhado vestido,
Ímpar,
perfeito, sem igual.
Saudades...
Do
caminhar cantarolante
Para
a hora do café da tarde...
Do
colo quentinho na hora da dor.
Sanava
qualquer mal.
Saudades...
Do
carinhoso curativo nos joelhos sangrentos...
Dos
provérbios, em vez do “eu te avisei!”
Saudades...
Das
vidas que vivem em mim,
Que
me amaram,
Apesar
dos meus defeitos,
Que
acreditaram em mim,
Que
me ensinaram
A
aceitar as horas de provação
Com
um sorriso nos lábios.
Mardilê Friedrich Fabre
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