sábado, 30 de junho de 2018

Cada verso...




Cada verso filtra amor,
Que um coração irradia
Para outro, acolhedor...
Refaz antiga harmonia...

Cada verso animador
Que canta uma melodia
Terna, intensa, com ardor...
Desfaz a melancolia.

Cada verso causador
Desta vida em sintonia,
Tão ligada ao esplendor
Cujo requinte inebria!

Cada verso alentador
Que pela manhã premia
O silêncio, com sabor
De tentação e euforia.

Cada verso é um clamor
À voz do tempo que envia
Discurso galanteador
Ao poeta da magia.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: mejorconsalud.com

Para saber como escrever tetrásticos, acesse:
http://comocriarpoemas.blogspot.com/2018/06/tetrasticos.html

sábado, 23 de junho de 2018

Baú de Recordações



Abro o baú das recordações.
Dispersam-se quimeras guardadas.
O amor acabado por senões,           
Lágrimas pela emoção enxugadas.

Fotografias amareladas
De amigos que partiram mais cedo.
Poesias com fitas amarradas,
A carta em que contei um segredo.

Um vestido enfeitado de renda
Não tão branco, mas perfumado.
O velho livro que conta a lenda
Do Negrinho que morreu calado.

Não consigo conter as lembranças...
Navego pelo tempo infinito,
Como Quixote em suas andanças,
Luto com monstro de vento, um mito.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Baú de Sentimentos


domingo, 17 de junho de 2018

Aprendizes de poesia




As palavras da solidão
Cansam, unem-se a outras mais
E desenham um poema, então,
Brincam com versos geniais.

Aprendizes de poesia...
Cada estrofe um raro diamante.
Orgulho ilustra euforia
De obter vitória edificante.

Revelam emoções veladas
No recôndito d´alma triste.
Perdido no fim das jornadas,
Coração ainda resiste.

Germina o soneto tingido
De vaporosas sutilezas.
Brilham no papel atingido:
Magias, imagens, surpresas!

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem:Fãs da Psicanálise

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Fui flechada




Não desdigo. Fui flechada.
Não fugi daquele olhar
nem da certeira “cantada”.
Então me pus a sonhar.

Mardilê Friedrich Fabre

Então me pus a sonhar
com o “Boa noite, Amor”.
Com encanto a divagar
nos poemas guardei dor. ”

Nem da certeira “cantada”
que, confesso, eu esperei.
Não pensei que desse em nada,
em minh´alma, ele era rei

Não fugi daquele olhar.
Atraía-me por certo
sem fazer-me agonizar.
Queria-me bem por perto.

Não desdigo. Fui flechada
com palavras de magia.
Soaram como toada
neste poeta que cria.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: ru.depositphotos.com

Este tipo de poema chama-se escada de trovas. Para saber como criar um poema como este, acesse:
http://comocriarpoemas.blogspot.com/2018/06/como-escrever-uma-escada-de-trovas.html



domingo, 3 de junho de 2018

Minha alma sangra





Minha alma não tem mais jeito,
livra-se de mim ligeiro
e flana no ar rarefeito
com destino e paradeiro.

Com destino e paradeiro,
embora eu tente trazê-la,
toma seu rumo certinho
e abriga-se numa estrela.

E abriga-se numa estrela
de onde observa minha vida
que anda confusa sem ela,
sem força e desaquecida.

Sem força e desaquecida,
não discute, não afronta,
esvai-se com a ferida
que sangra vezes sem conta.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: vivismatos.blogspot.com



Para saber como se faz uma trova encadeada, acesse:
http://comocriarpoemas.blogspot.com/2018/05/como-escrever-trovas-encadeadas.html