sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Mais 365 dias desconhecidos


É inevitável

Outra vez
Todas as pessoas aguardam
Animadas, sonhadoras,
Este ano desconhecido, misterioso.
Não auguram
Somente que, no calendário,
Um dezembro
Altere para um janeiro.
Esperam mudanças
Que signifiquem melhor vida
Com amor.




2013

Às vésperas
Deste novo ano promissor,
Desejo apenas
Que, com ele, venha
A paz.
Um mundo sem guerras,
Sem ambições
Desmedidas dos homens poderosos,
Sem corrupções
Dos que deveriam orientar
O povo.



Inexorável

Vem, 2013,
Renovando a confiança
Num mundo
Mais justo, menos amargo;
Numa humanidade
Mais amiga, menos violenta.
Traze fé
E distribui a mancheias
Nos corações
Empedernidos que padecem, purgam
Tantos sofrimentos.



Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal

É Natal

Badalam sinos
Nesta noite tão especial.
Há diferença
Nas estrelas que cintilam,
Enviando mensagens,
Regozijando-se com os bons
Que acreditam
Na igualdade dos seres.
Celebram alegria
Do encontro com Jesus,
Menino Salvador.




Nasce o Salvador

Linda estrela
Indica que caminho seguir.
Brilha intensamente,
Clamando todos para adorar
O Salvador.
Animais, pastores e reis
Aproximam-se lentamente.
Na manjedoura,
Jesus menino, o Cristo,
Recebe sorrindo
As honrarias dos homens,
Almas extraviadas.




Presente de Natal

A menina
Pura e ingênua suplica,
Porque acredita
Que o Bom Velhinho
Possa trazer-lhe
O presente que deseja
Com obstinação:
Uma caixa dourada transbordante
De amor
Para repartir com pessoas
Sofridas, infelizes.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

No ritmo do coração



Foi difícil, mas consegui,
Depois de uma noite insone...
Depois de ver o sol espreguiçar-se,
Bocejar e escorrer sua luz,
Colorindo a terra...
Depois de ouvir o cântico das fantasias
Que me pulverizavam os pensamentos...
Depois de abrir as vidraças para a brisa
Que batia ansiosa na veneziana...
Depois de vestir-me de poesia
E voar como o colibri
Para junto da donzela adormecida...
Depois de peregrinar
Pela estrada aquarelada de vida...
Depois de suspirar
A doçura melodiosa de palavras,
Que exalavam os aromas do amor...
Depois de tramar lamentos e júbilos,
Permeando o tecido da imaginação...
Depois de momentos de silêncio,
Em que se desfaz a distância,
E os detalhes desaparecem...
Fazer enfim a mente
Acompanhar a cadência do coração.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Dezembro

Dezembro

Dezembro, mês paradoxal!
Enquanto se augura paz,
A vida foge do normal,
E a conturbação é voraz.

Comemora-se o nascimento
De quem resguardar é capaz
O mundo do sofrimento.

O Natal é festa, aliás,
Para lembrar com devoção,
Mas resta nu o coração,
E a conturbação é voraz.


De novo, dezembro

Traz expectativa
De júbilo e riso.
Outro ano
Que atinge o fim.
Nós resistimos.
Vimos a vida desfilar
Outra vez
No almejado tapete vermelho.
As tardes
Mormacentas repousam em horizontes
Tropicais abrasadores...


Reflexão

Caminhar na areia fofa,
Deixando pegadas vívidas,
Envolta pelo vento ousado,
Fortuna das manhãs de um dezembro
Gracejador, que põe e dispõe o sol,
Hábil no manejo de espumar o mar
Cuja beleza verde de reflexos entontece.



Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google