sexta-feira, 24 de junho de 2016
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Versos que não escrevi
Saudades dos versos que não
escrevi,
Tão leves! lembram o voo do
colibri.
Com gosto de beijo de morango,
Tão sensuais! como uma letra de
tango.
Não revelam nosso apaixonante
segredo,
Tão misteriosos! têm a vida como
enredo.
Não cumprem sua missão:
despertar amor,
Tão entristecidos! morrem no
coração do criador.
Deixam sementes nos caminhos da
alma,
Tão envolventes! abraçam o tempo
com calma.
Não ensinam a usufruir dos
sorrisos de rubi,
Tão abandonados! perdidos nos
redobres do frenesi.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: utopia43.blogspot.com
Este é um poema cuja autora nomeou "enlaces disticus."
Teoria:http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2015/09/enlaces-disticus.html
sexta-feira, 10 de junho de 2016
sábado, 4 de junho de 2016
Saudades...
Saudades...
Do
crepitar vermelho
Que
cozinhava lentamente
A
ambrosia dos deuses
(Vontade
de provar...)
“Vai
queimar o dedo, guria!”.
Saudades...
Do
troc troc troc da máquina de costura
Que
dava forma ao tão sonhado vestido,
Ímpar,
perfeito, sem igual.
Saudades...
Do
caminhar cantarolante
Para
a hora do café da tarde...
Do
colo quentinho na hora da dor.
Sanava
qualquer mal.
Saudades...
Do
carinhoso curativo nos joelhos sangrentos...
Dos
provérbios, em vez do “eu te avisei!”
Saudades...
Das
vidas que vivem em mim,
Que
me amaram,
Apesar
dos meus defeitos,
Que
acreditaram em mim,
Que
me ensinaram
A
aceitar as horas de provação
Com
um sorriso nos lábios.
Mardilê Friedrich Fabre
Assinar:
Postagens (Atom)