sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

É sempre assim



De novo é assim:
O ano está no fim.
Agora é momento
De deixar lamento
E fazer balanço
Em coração manso.
Registrar os erros,
Pendurar cincerros
P´ra então ouvi-los
E não repeti-los.
Vencer desafios
Em tempos sombrios.
Esquecer ofensas
E discussões densas.
Manter-se sereno
Como o Nazareno.
Desistir depressa
De cada promessa
Que não for cumprir
P´ra não se remir.
Lutar pela paz
Forçoso se faz.
Viver a magia
Da graça do dia
Pleno de poesia.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

É Natal


Viajante
Sigo o caminho da estrela brilhante,
ela me levará a Jesus.
Num mundo de sonhos sou viajante.
Meu coração tocado pela luz
Deixa o tempo maléfico para trás,
Entre cantos de glória se refaz
E abre-se para uma vida de paz.




Meu Natal

Vivo sempre
Um Natal mágico
Com esperança
De dias bem melhores
Para todos
Sem distinções,
Com solidariedade.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagens:Google

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Uma Noite Fascinante



Houve época em que o Natal
Acontecia numa noite.
Olhar tímido e maravilhado
Oscilava entre movimentos secretos
E feições experientes perscrutáveis,
As bolas coloridas pendentes da árvore
E o presépio, Jesus de braços abertos,
Montados à tarde, porta trancada,
Sala proibida, impenetrável,
Mistério para a curiosidade infantil.
Houve época em que Papai Noel
Trazia um presente.
Para ganhá-lo, era preciso mostrar
Que sabia rezar o Pai Nosso.
Ouvidos atentos, desconfiados,
Procuravam desvendar naquela voz
A do primo (sempre o mesmo?)
Que embarcara no trem à vista de todos.
Houve época em que, de mãos dadas,
Sob o céu coberto de estrelas,
Iluminados pelo clarão da lua,
Caminhava-se até a igreja,
Impregnados pelo espírito de ,
Que provinha de cada coração,
Para assistir à missa do Galo
Que começava à meia-noite, pontualmente.
Era uma noite de quebra de rotina,
Por isso de um fascínio inesquecível.


Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Ironias da Vida




A vida comanda meu destino
Sem me mostrar seu traço ladino.

Ironicamente me conduz,
Normalmente dela desafino.

Percorro labirintos sinuosos
E de fraqueza me contamino.

Mas resisto, transponho os obstáculos
Numa luta cruenta e sem tino.

Venço as armadilhas preparadas,
Tomado de ânimo repentino.

Nãocomo acorrentar o tempo,
Ele tiquetaqueia ferino.

Cadencia o rumo que tracei,
Segundo o que sou: um peregrino.

Meu andar será interrompido,
Quando determinar o divino.

Este tipo de composição literário se chama gazal.
Teoria: http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2014/10/gazal.html

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google