sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Inocência



Versos inquietos

Desfio envolta no perfume

Da inocência

Da menina marota, sonhadora.

Beleza apolínea

Petrifica-a, porém tímida, ingênua,

As urdiduras

Da conquista não conhece.

Mais empolgante

É levar a vida

Na brincadeira.


Mardilê Friedrich Fabre


Imagem:Google

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Lento dia




Enquanto o dia transcorre lento
Espiona-me a melancolia
Em tons de cinza do acostamento
Da alma, que, flébil, à dor se alia.
A calma exibida é utopia.
turbilhões em meu eu sedento,
Enquanto o dia transcorre lento
Espiona-me a melancolia.
Encapota-me o amedrontamento
E aos poucos, uma solidão fria
De mim se apodera, e eu lamento
Não enfrentá-la com ousadia,
Enquanto o dia transcorre lento.



Mardilê Friedrich fabre

Imagem: Gogle

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Gira, giram...





Gira o vento. Caem as folhas...
Castelos de criança... Bolhas.
 

Giram as pás do moinho
Nas águas limpas. Redemoinho.

Gira o passado na mente.
Reviravolta de rostos. Presente.

Giram passos no mesmo lugar.
Olhos viram e reviram. Um par.

Gira a ave à procura do ninho.
voltas pelo ar. Carinho.

Giram pedras. Desacomodam-se
E, de novo, aquietam-se. Acomodam-se.

Gira o tempo indistinto.
Rodeia pela vida. Labirinto.

Giram afetos nas poesias
Que vertem ilusões. Utopias

Gira o desconhecido destino,
Desejado e temido. Desatino.

Giram as flores. Acompanham o sol
Em perfeita sintonia. Girassol.

Gira o sorriso na sua face.
Volta e dissipa-se. Desenlace.

Giram as noites. Giram os dias.
Retorcem-se mãos vazias. Fobias.

Gira o sonho. Vai para o céu.
Desaparece... aparece... Ao léu.

Giram as estações, e as gerações
Cruzam-se e tramam-se. Senões.


Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google