sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Intuição



Sei que te encontrarei outra vez...
Quem sabe, na areia à beira mar,
em um campo florido, talvez,
ou à margem de um rio, ao luar...

Nem será necessário falar
p´ra onde ir. É seguirmos o vento,
e estradas, e montanhas passar,
levados por nosso sentimento.

Despertar-nos-á luz intensa,
que nos conduzirá às estrelas,
e , nuvem volátil e densa
envolver-nos-á em aquarelas.

Seres em um corpo translúcido,
recordaremos a brevidade
da andança pelo mundo não lúcido
e atingiremos a eternidade.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: hajavista.comunidades.net


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Ausência



Estas escalas foram criadas para o "Laboratório de criação  Um poema não tem fim".





Teoria ESCALA:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2014/11/escala.html


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Escrevo e reescrevo




Muitas perguntas. Nenhuma resposta.
As letras juntam-se em palavras soltas.
Uno-as. Leio-as. É acepção imposta.
Separo-as. Reúno-as. Reviravoltas.

Risco-as. Substituo-as. Incoerência.
Detenho-me. Respeito-as. Discordância.
Entendo-as. Nãosolução. Ausência.
O sentido do mundo. Inoperância.

Esforço-me. Aventuro-me outra vez.
Recoloco-as. Resisto paciente,
Mas nada logra salvar a mudez
Das palavras do caos inconveniente.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: m.megacurioso.com.br

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Ó Poeta...



Ó Poeta,inflama-te a dor.
Dos teus olhos pingam palavras
E teus tímidos versos lavras,
Perpetuando o teu amor.

Teu coração verte-lo em rimas
Na cadência do teu lamento.
Tua mão vacila um momento.
Por que, Poeta, não te animas?

Ouve. fora existe vida.
O mundo canta em sinfonia.
Descreve-o em alegoria,
Salva-te da mágoa homicida.

outro tom ao teu poema,
Cria imagens de regozijo,
Não sejas contigo tão rijo,
Deixa-te amar. Inverte o tema.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: revistacult.uol.com.br