sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Escrevo e reescrevo




Muitas perguntas. Nenhuma resposta.
As letras juntam-se em palavras soltas.
Uno-as. Leio-as. É acepção imposta.
Separo-as. Reúno-as. Reviravoltas.

Risco-as. Substituo-as. Incoerência.
Detenho-me. Respeito-as. Discordância.
Entendo-as. Nãosolução. Ausência.
O sentido do mundo. Inoperância.

Esforço-me. Aventuro-me outra vez.
Recoloco-as. Resisto paciente,
Mas nada logra salvar a mudez
Das palavras do caos inconveniente.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: m.megacurioso.com.br

2 comentários:

Jorge Sader Filho disse...

O mundo tem falado coisas feias! É melhor permanecer calada mesmo!

Anônimo disse...

Oi, Mardilê, brigando ou brincando com as letras? Legal, tambem escrevi um dia um poema com este teor. Parabéns! Muito profundo, acho que só os que lidam com as letras é que entendem bem o poema.
Abraço
Liti