sábado, 25 de novembro de 2017

Nas entrelinhas...





Insensata, louca de esperança,
Procuro a doçura do teu rosto.
O olhar vaga com perseverança
Pelo infinito onde o sol é posto.

Nas entrelinhas do teu sorriso,
Leio promessas imprevisíveis,
Fantasio nosso paraíso
E projeto encontros impossíveis.

E do teu candor fico refém,
Preenche a noite tua presença
Que faz ressuscitar teu desdém.
Sofro com toda esta indiferença.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Vivo Mais Saudável


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Onde te escondes, Amor?



Onde te escondes, Amor,
Que não vens secar
As lágrimas dos meus olhos sonhadores
Que não param de escorrer
Pelas minhas rubras faces?

Onde te ocultas, Amor,
Que não vens afastar
Os desencontros
De nossas vidas solitárias?

Onde te abrigas, Amor,
Que não vens realizar
As quimeras não esquecidas
Ao longo dos anos perdidos?

Para onde foges, Amor,
Que não vens calar
A minha voz que grita
Teu nome incessantemente?

Para onde escapas, Amor,
Que não vens sussurrar-me
As palavras que preciso ouvir
Para ter forças para continuar?

Para onde somes, Amor,
Que não vens cantar comigo
Nossa canção guardada no canto
Da alma que transborda saudade?

Onde te confinas, Amor,
Que não vens te disfarçar
De meu sorriso para refletir
Segredos matizados de recordações?

Onde te refugias, Amor,
Que não vens pegar
As minhas mãos abandonadas
Para levar-me contigo
Pelas trilhas douradas
E nos perdermos entre as estrelas?

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Uma mensagem de esperança ao teu coração - blogger


sábado, 4 de novembro de 2017

Afagos



Cada dia que passo só
Sucumbe em mim um pouco o amor,
E a vida gira e vira pó.
Resta este poema incolor.

Expulso todos os demônios,
Amontoados nos matrimônios
Que desconcertam os neurônios.

Devo esquecer minhas feridas,
Pensar no amanhã da esperança,
Entremear sonhos e dança,
Vibrar na poesia recém-nascida.

Permitir que floresça em mim
Apenas ternura carmesim
E a gentil magia do sim.

Anoiteço na lua que vaga.
Embala-me canção de paz
Que a todos bastante apraz
E o nosso coração afaga.


Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: wallpapers13.com


Teoria desta forma de poema:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2015/06/canzoneto.html