sexta-feira, 25 de março de 2011

Outono



Outono 

O tempo amarelou as folhas,
O vento beijou-as prostrado.
Eu intento as minhas escolhas
E na contramão sou levado
Pelo desalento do outono
Que amanhece no céu nublado
E da minha tristeza é dono.

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Dou-te... 

Realiza tuas fantasias.

Nesta tarde sombria de outono,
Dou-te sem medo meu destino.
Dele agora és o único dono.

Conduze-o por caminhos felizes
Não lhe permitas perder o tino.
Vindo a inércia, dá-lhe diretrizes.

Energiza todos os teus dias.

flor



Nossos Momentos

Mote:
“Quando chove, eu olho pela vidraça,
Os pingos caem e eu lembro você.”
                     (Mara Regina Weiss)

O outono minhas desilusões laça.
Nossos momentos foram imortais.
Vivemos os dois desejos iguais.
Quando chove, eu olho pela vidraça.
Na chuva, vejo teu rosto com graça...
Vestindo no corpo saia godê,
Segues do vento o ritmo em balancê.
E desaparecem meus dissabores,
Restam as sensações dos teus ardores.
Os pingos caem, e eu lembro você.



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Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google


sábado, 19 de março de 2011

Retrato







Teu
Olhar
Me sorri.
Embora mudo,
Ouço tua voz,
Cadenciada de amor.
Moldurado pelo tempo
(Tuas manias estão vivas),
Tu continuas presente em mim
Da imobilidade do teu retrato.

Mardilê Friedirch Fabre

Foto: Regina Osinski

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mulher


Perfeição

O
Mais
Perfeito
Verso és tu,
Linda obra de Deus,
Deusa-mulher, enlevo meu.
Perdido estou em teu fulgor.
Tu és do luar
Poesia,
Cantiga,
Brilho,
Luz!



Mulher

Metamorfoseia-se em várias.

Em mãe, que protege sua obra,
Em deusa, com luz e deidade,
Em nota de excelsa canção...

Em poesia... nas lutas diárias.

Tal como o vento não se dobra,
Abraça o medo quando a invade.
Deus esculpiu-a de emoção.




Mulher não linear

Doce
Mulher
Modifica-se,
Toca-a a magia.
Um filho nos braços
É amor sem barreiras,
É escudo protetor.
Defende-o com voracidade.
Embora não saia vitoriosa,
Batalha para mantê-lo feliz.


Mardilê Friedrich Fabre
Imagem 5: Gettyimages 
Demais imagens:Google



sábado, 5 de março de 2011

Carnaval


Hoje é carnaval

É
Dia
De samba,
De alegria.
Danço nos meus sonhos,
Visto a fantasia de arco-íris,
Deixo o tamborim me levar,
Do amor sigo o ritmo...
Colombina
Me chama
E eu
Vou.




Mascarada

Mais um Pierrô erra pelo salão,
Misturando sua dor à alegria.
Máscaras negras pulam ao seu redor.
Misterioso olhar enfeitiça sua alma.
Momento inesquecível. Sumiu Colombina,
Mergulhando seu rosto na multidão...
Magia de Carnaval de tempos modernos.






Amor de Carnaval

Dançam no tapete de confete
Corpos perfumados de alegria.
O olhar da dançarina coquete,
Inebriado de fantasia,
Surpreende um Pierrô deprimido.

Levada pela algazarra vai,
Estende-lhe a mão do devaneio,
E ele sedento de ilusão cai.
Deslumbra-se ela, coração cheio,
No sorriso, o amor retraído.

uma noite de Carnaval,
Entre cortinas de serpentinas,
Sabendo que o fim era fatal,
Levou-a a emoção das purpurinas.
E o Pierrô? não tão preterido...


Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google