Meu pensamento singra céu e mar,
Cai em precipícios, sobe montanhas.
Para fugir de loucas artimanhas,
Põe-se sem rumo a revolutear.
Ora é borboleta que a luz atrai,
Ora é o sol que entra pela janela,
Ou é música que vem da capela,
Ou é o vento que em fragor se esvai.
Depois de lutar, ágil, volta a ti
Meu pensamento. Sinto um calafrio.
Surpresa, volto-me e vejo-te esguio
A estender-me os braços. Endoideci?
É este silêncio que cala fundo,
Que pede e reclama tua presença
E tem como resposta a indiferença.
Não te apiedas deste ser moribundo...
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google
4 comentários:
Mardilê,
Adorei o seu blog. Parabéns pelos textos poéticos.
Eustáquio Félix
Ola Mardile!
Voce me surpreendeu com seu poema.
Inclusive com neologismo.
Otimo.
Eloisa Moura
Cruel, a "indiferença como resposta". Cruel mas real, às vezes passamos por isso.
Abraço.
Jorge
Minha cara Mardilê, já começo bem o meu dia. Deixa eu divulgar agora!
Bom dia!
CCF
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