sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em dois versos




Ainda me surpreendo...

Ainda me surpreende a guerra,
Que a bondade dos seres soterra.

Ainda me assombra a mendicância,
Que existe por causa da ganância.

Ainda me espantam as amarras,
Que prende emoções como garras.

Ainda sofro com preconceito,
Que, triste, abomino, não aceito.

Ainda me sobressalto co´a ira,
Que meu coração p´ra longe tira.

Ainda me desaponta a dor,
Que devasta o homem apaziguador.

Ainda me atordoa a opressão,
Que impede a passagem dos que vão.

Ainda me desagrada o vício,
Que vem associado ao malefício.

Ainda choro co´a indiferença,
Que vem acompanhada de ofensa.

Ainda lamento a exclusão,
Que não é digna do eu cristão.

Ainda me atoleima o abandono,
Que faz da terra lugar sem dono.
 


Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

4 comentários:

Anônimo disse...

Querida irmã,
Tb ainda me surprendo com essas manifestações do ser humano.
Bjs,
Chica

Jorge Sader Filho disse...

Eu também me surpreendo com muitas ocorrências que julgava ultrapassadas sendo cometidas hoje.
Sinal dos tempos, parece.
Abraço.
Jorge

Léa Lucia Viana (Léa Lu) disse...

Bomdia minha linda!
Lindo poema aprendi com você, distíco
Lindo poema de ler.
Beijos ncoração nobre delegada;
Convido você a fazer asua carteira profissional de escritor no ESCBRAS
www.escbras.com
Vc já estálá na galeria de autores.
Beijos na alma!
Léa Lu

Anônimo disse...

Adorei teu blog e tua poesia. Bjs Edi