sexta-feira, 13 de março de 2015

Dividida



O sol apoquenta o dia.
No meu infinito,
As nuvens despejam
Gotas de pesar.
Na minha vida incoerente,
As sombras do meu dentro
Impedem que a luz de fora
Entranhe em mim.
E o sol escala lento
As horas
Até ruborizar o horizonte.
Eu me silencio,
Eu me sonho,
Eu me avermelho,
Eu me anoiteço
Embriagada de cores
No regaço dos mistérios
Emitidos por meus olhos
Sem viço
Que a saudade obstrui.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

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