sábado, 28 de abril de 2018

Filha do Amor



Minha alma flutua
Num grande vazio.

O sol abandona
O mundo perverso.

E lágrimas tombam
De nuvens pesadas.

Não matam, no entanto,
A dor que ora sente.

Do sólido atinge
O abstrato infinito.

Busca a luz da vida
No túnel da noite.

Os sonhos, pedaços
De versos, retornam.

Lampejos de instantes
Substituem tristezas.

O azul transparente
Realça os sentidos.

E o olhar matizado
De amor desfaz mágoas.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: perdidananet.zip.net

Teoria deste tipo de poema:
https://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2018/04/breve.html

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