Multiplix de autoria dos seguintes poetas: Marilândia Rollo, Jô Tauil, Karinna*, CCastro Júnior e Mardilê Friedrich Fabre.
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
O ano-novo que ambiciono
Eu quero
Um ano de amor
Para crianças,
De respeito e
cuidados
Para velhos,
Estimados por sua
sabedoria.
Um ano
Sem guerras nem
infelicidade,
Só sorrisos
Nos lábios e olhares
Da humanidade.
Mardlê Friedrich Fabre
Imagem: Google
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Olhar perdido
O publicitário Bruno Varandas, "fascinado pelas feições e olhares dos idosos" (palavras dele), fotografa-os pelas ruas de São Paulo. Já guarda mais de 300 fotos.
Amigos e familiares incentivam-no a publicá-las. Foi, então, que lhe surgiu a ideia de convidar amigos a escreverem poemas, frases e crônicas, inspirados nas fotos e publicá-las no Instagram.
Ele "presenteia" a pessoa com uma foto de acordo com o perfil que ela envia para ele. Para mim coube a foto abaixo, e eu, inspirada nela, escrevi esta corola.
Foto e poema já estão no Instagram:
![]() |
Foto: Bruno Varandas |
O
olhar no tempo perdido,
O
rosto adornado com sinais nostálgicos
De
uma vida atormentada.
As
lembranças vêm sem ordem.
Na
paz do semblante refletem-se líricas
Como
o outono que surge.
Tudo
queda tão distante!
Não
há tédio em sua história novelística
Traçada
por dor faminta.
O
sol, entretanto, ainda
Descamba
vermelho no lento crepúsculo
Como
seus dias cansados.
A
lua... ah! a lua canta
Sua
majestosa caminhada mítica
Entre
estrelas amorosas.
Uma
voz interior
Clama
por ensejos nas maduras pálpebras
Pesadas
de ver vazios.
Mardilê
Friedrich Fabre
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Poesia// Em cada resquício// Pó de Diamante// Tecendo arco-íris
Poesia// Em cada resquício// Pó de Diamante// Tecendo arco-íris
amor desperta poeta// atravessa o corpo// incita o verso// na
janela da quimera
mente grávida de metáforas// domina// conjugação de sonhos// desamarrando mitos
lirismo vertido no papel// é uma espécie de beleza// a palavra:// súbito
impulso!
Mardilê Fabre// Miguel Gonçalves// Karinna*// Jô Tauil
Ausência//De Amarelo Sol// A cintilar// Solidão
melodias atravessam o tempo// grafias// aladas e incolores//
a me inspirar
vibram dores// de girassóis as cores// esmaecidas...// vazias sensações
ronda saudade// esvoaçando jardins// em simbólicas magias// sem esperas
Mardilê Fabre // Karinna*// Marilândia Rollo// Jô Tauil
Artífice
// Habilidoso// Engenhoso // Vislumbre
cinzel
dos teus olhos //despe-me// esculturando //vida em harmonia
debrua o desejo //e molda-me// em pétalas rosáceas... //flor radiante...
corpo abre-se rua //nas tuas mãos// adornadas de poesia //compartilhada de
afeto
Karinna*
// Jô Tauil// Marilândia Rollo //Mardilê Fabre
Moribundos Cânticos //Melancolia // Incurável //Se Basta
visionárias saudades// regem-me a alma.// São imagens
desbotadas// ...sutilmente
esfumaçadas ilusões// seguem-me sem trégua// inconsequentes// flertes
no seio do tempo perdidas// paixões insistentes// maltratam sempre//
...recomeçam!
Marilândia Rollo//Mardilê Fabre// Jô Tauil //Miguel
Gonçalves
Claro
//Tremores //Que falta me faz teu amor! //Nasce em Mim
Olha
só// Derradeiras agonias// Castiga-me teu desafeto// Espero-te
É por ti// Que culpa tenho?// São sufocantes teus sentimentos// na beirada da
luxúria.
Tal estado// Orgasmo de esperanças...// Por que não me desejas?// Pertenço-te!
Miguel
Gonçalves// Marilândia Rollo //Mardilê Fabre// Karinna*
Imagens Google
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
“Amizade à primeira vista”
Cavalga desde os seus oito anos de idade. Os dias em que vai ao
haras são verdadeiramente adoráveis. Amélia é uma jovem simpática e
comunicativa. Sua afinidade com os cavalos começou no momento em que viu
Plácido. Todos no haras a conhecem e gostam dela.
Amélia mudou muito depois que começara a fazer equitação. Seus
pais a colocaram nas aulas aconselhados pela psicóloga, devido à sua
dificuldade de comunicação e relacionamento com outras crianças e medo dos
animais domésticos.
“É arisca esta menina”, comentava a avó, cada vez que ia visitar a
filha.
A princípio relutaram em aceitar a equoterapia." Coisa de
psicólogo, inventam cada uma...”. Amélia, no entanto, retraía-se cada dia um
pouco mais. Era necessário tomar uma providência. Resolveram seguir o conselho
da psicóloga e levaram a menina a um haras não muito distante da casa deles
para uma visita. Apenas para ver como Amélia se comportaria.
Surpreenderam-se. Os olhos azuis da menina brilharam ao ver as
crianças alegres, tranquilas montadas nos cavalos. Foi o que bastou para ela
querer ver de perto os animais.
Houve empatia imediata entre a menina loira de cabelo penteado em
cachos com um laço de fita azul e um sorriso tímido e o potro negro que ainda
estava do lado da mãe. “Posso passar a mão nele?” perguntou Amélia.
O responsável pelo animal disse-lhe que não, pois somente no dia
seguinte afastá-lo-iam da mãe a fim de começar a sua preparação para ser
montado por crianças. Amélia ficou um pouco triste. O rapaz prometeu, então,
para ela que, quando o potro estivesse pronto dentro de uns três meses, ele
telefonaria para a casa dela avisando. Ele tem nome?, quis saber ela.
- Não.
- Posso batizá-lo de Plácido?
- Taí, um bom nome. Não sabíamos que nome dar-lhe, pois agora está
decidido: será Plácido.
- Posso vir ao haras vê-lo até ele ficar pronto para ser montado?
- Claro. E antes de montá-lo vais começar a ajudar a tratar dele,
a acarinhá-lo, passar a mãozinha em seu pelo. Assim ele vai te conhecendo. Se
bem que pelo jeito como ele te olha, há uma amizade fluindo por aí.
Os pais nunca a viram tão risonha como quando estava com o seu
querido Plácido. Não tinham ideia de como ela escolheu esse nome. “Será que ela
sabia o que significa plácido? porque o cavalo tinha cara de Plácido...”
Desde a primeira vez que montou, Amélia nunca mais parou de
cavalgar.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Instigante // Imaginação // Pinta // Sedução
Instigante // Imaginação // Pinta // Sedução
aproximação carinhosa // laivos de ternura // o clima // enlevo no
olhar
parece condensar // eflúvios da formosura // no horizonte a cor // absorve
momentos
significado de vida...//aureolando a Via Láctea// à flor da pele //
correspondida paixão
Jô Tauil// Marilândia Rollo // Miguel Gonçalves// Mardilê Fabre
Tato e Olfato // Luzes Esparsas // Convite para o Amor //
Misterioso
Lençóis de seda // já mentalmente // exalam desejos // ao
alvorecer
Inebriante perfume // esparze // a suspirar // delírio de cores
Entrelaçadas coxas // florzinha mimosa // nas furtivas alquimias... // quimera
dourada...
Jô Tauil // Miguel Gonçalves // Marilândia Rollo // Mardilê
Fabre
Caminheiro // Capricho // Transição // Andanças
entre o instante // de coerência // alquimia da poesia //
livre harmonia
e o eterno // veloz // arranjo azul // das águas serenas
vertigem do amor // resvala em nós... // lírica do momento // e o poema se faz
luz...
Marilândia Rollo // Miguel Gonçalves// Mardilê Fabre //
Marilândia Rollo
Urgente...// Inquietude // No fascínio da alcova //
Inquestionável
Que mais será, // longamente poemar // despertar em poesia //
se já somos
Se já temos // caminhos dos versos // no ritmo da lua // entre meteoritos,
A noite? // Auge da sedução... // tentação na madrugada... // o ápice?
Miguel Gonçalves // Marilândia Rollo // Mardilê Fabre // Karinna*
Existir
// Beleza Viva // E intensa // Perpétuo Instante
loucura
e sutileza // esgrafiadas //em alcova // supersticiosa.
carícias // embriagantes // delírios // sobrenaturais
do tempo // a correr por labirintos //de nós dois// em luminosos cálices...
Mardilê
Fabre// Marilândia Rollo // Jô Tauil// Marilândia Rollo
Imagens: Google
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Andarilho
Caminho
pela rua. Estou só.
A solidão
cravada em mim sem dó.
Meu
destino não cumpre o prometido.
Abandona-me
ao léu. Logo, ferido,
Caminho
pela rua. Estou só.
Livrar-me
desta seta árdua decido.
Quebro
meus pensamentos perturbados,
Pego minha
rotina sem legados
Caminho
pela rua. Estou só.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Solitude // Estado de graça // Fagulha
Solitude // Estado de graça // Fagulha
não sou // pura como um lírio // ao
toque
sem ti // desfaleço // queimo como palha
levaste minha luz // sonhos despidos... // pura química
sem ti // desfaleço // queimo como palha
levaste minha luz // sonhos despidos... // pura química
Mardilê Fabre// Marilândia Rollo //
Miguel Gonçalves
Fantasia // Pantomima // Vaidosa
versos devaneiam // bebem flores //
sinfonia
na poesia do alvorecer // líricas sendas // da vida
poeta esparge emoções... // augustos cicios // em perfumadas palavras
na poesia do alvorecer // líricas sendas // da vida
poeta esparge emoções... // augustos cicios // em perfumadas palavras
Mardilê Fabre // Marilândia Rollo //
Miguel Gonçalves
Embriaguez // De Perfumes // Reflete-se
em teu Olhar
Bebida intensa // reverbera // vigor
Do amor divinal // paixão... // sonho vermelho...
Teu corpo é taça // e me desconcerta! // Meu corpo flamejante se refaz
Do amor divinal // paixão... // sonho vermelho...
Teu corpo é taça // e me desconcerta! // Meu corpo flamejante se refaz
Jô Tauil // Miguel Gonçalves // Mardilê Fabre
Sereia // Peregrina da Praia // Misterioso
Ser
No fresco do mar // indolentes águas //
misturam-se às lágrimas
Há // simbiose de inspiração // lembranças e saudades
Teu sabor... // magia da felicidade // destino incerto
Há // simbiose de inspiração // lembranças e saudades
Teu sabor... // magia da felicidade // destino incerto
Miguel Gonçalves // Marilândia Rollo //
Mardilê Fabre
Imagens: Google
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Utopia // Inatingível // Sensitiva // Suscetível
Utopia // Inatingível
// Sensitiva // Suscetível
predestinada //
relação // sensorial, // inigualável
solidão... // distante... // nosso momento // recanto de nós...
versos mortos // amor platônico // ressurreição! // Resgate de sonhos.
Marilândia Rollo // Miguel Gonçalves // karinna* // Mardilê Fabre
A sós... // Na
madrugada // Colheita // Acordada
veladamente //espero
o tempo // entre sonhos // insone
espelho // a manhã renovada // perdas e ganhos // nos devaneios
sentimentos... // em euforia... // realidade ou fantasia //da noite vazia
Marilândia // Mardilê// Karinna*//Jô Tauil
Alento //
Entranhas // Almas // Qual Relâmpago
Lágrimas //
tremulam // com ânsias // ziguezagueando
de esperanças // nua s// de ilusões // num festival
embriagam-me // como rosas // feridas por espinhos // de fantasias
Marilândia Rollo // Miguel Gonçalves // Mardilê Fabre // Miguel Gonçalves
Do Outro Lado da
Vida // Vazio // Imperfeição // (In) Acabada
(in) clementes
farrapos // submersos // em águas borbulhantes, // frenéticas...
demência // vestígios desbotados // paisagem nervosa, // assustadora...
dos sonhos teus // pouca lucidez // lágrimas tremulantes // sono dos pecadores.
Marilândia Rollo // Jô
Tauil // Mardilê Fabre // Marilândia Rollo
Imagens: Google
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Singular motorista
Todos os dias pego o ônibus no mesmo horário
para ir ao trabalho. Faz um ano mais ou menos que o motorista é o Paulo. Sei
seu nome, porque minha parada é a primeira do percurso, e o ônibus vem vazio e
sento no primeiro banco. Algumas pessoas conhecidas de Paulo também tomam este
ônibus e chamam-no, ao cumprimentá-lo.
Nunca vi um motorista tão gentil,
principalmente com velhos e crianças, sorriso nos lábios, calmo, espera que
subam e desçam seus passageiros. Conhece-os. Nunca deixa um cumprimento sem
resposta. De alguns, como eu, até sabe a profissão. Seguido me deseja: “Bom dia
de trabalho, professora.”
Já o ouvi várias vezes conversar com alguns
conhecidos e notei que ele revela um pensamento crítico sobre acontecimentos
políticos e econômicos que demonstram uma pessoa que lê análise sobre esses
assuntos.
Há um menininho que a mãe leva para a APAE,
que pega este mesmo ônibus. Ele não senta, fica paradinho ao lado do motorista,
segurando-se numa barra que há ali. Um dia, ele olhou bem para Paulo e
perguntou:
- Pa onde fuziu teu cabelo?
O pessoal riu da pergunta, e eu pensei:
“Como se sairá Paulo?”
E o motorista respondeu com toda a
serenidade:
- Sabe, José, os fios se escondem no ralo do
banheiro.
- É!?
- Cada vez que eu tomo banho e lavo a cabeça,
muitos deles fogem para lá.
-Pu quê?
- Porque eles acham mais seguro ficar no ralo
do banheiro do que na minha cabeça.
-
Hãããã! Então não desa mais eles fugi, faz cainho neles, assim ó.
E passava a mãozinha na cabeça, mostrando
como Paulo precisava agir para os cabelos não fugirem.
Paulo sorriu:
- Vou seguir o teu conselho. Olha, é a tua
parada. Tchau!
- Tchau.
Sempre tem uma palavra amiga. Não deixa
ninguém sem resposta. Ele é diferente dos outros motoristas. Com ele, a viagem,
além de segura, não é monótona.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Indiferença // Tête à tête // Camafeu // Desabafo
Indiferença // Tête à tête // Camafeu // Desabafo
poeta esculpe
na mente // um rosto // de alegria e de impudor, // inspirado
letras de amor // desenha // pungente imagem // nos versos sentidos
musa apática // no espelho // canta a morte // da impossível paixão
Mardilê Fabre //
Miguel Gonçalves // Marilândia Rollo //Jô Tauil
Presságio //
Pressentimento // Vicejante // Procissão
esboço //de
inspiração // aproxima-se // reverente contemplação
de um poema // além do infinito // é semblante // milagre da vida
por vir // acima das ilusões // como um cometa // cintil(ação).
Marilândia //
Mardilê // Miguel // Karinna*
Paragens //
Surrealistas // Um deserto // Sedutor
trêmulas // nuvens de
papel // profundas // como gestos
fronteiras // entre o concreto e o abstrato// ausências // germinam
tombam // aos pés do mundo // tudo ou nada // instante se eterniza
Marilândia // Mardilê //
Karinna*// Miguel
Tom Maior //
Traços Abstratos // Fantasmas // Triste Adeus
preludiam //
reflexos // de alaridos //claudicantes mágoas
sombras d´aurora // emanam formas // sem nome //sem cores
febris madrugadas // amantes insones // retornam // a vagar pelos atalhos...
Marilândia //
Mardilê // Miguel // Marilândia
Imagens: Google
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