Sentado no fundo do café ,
Espalhados pelas mesas
E afogados em sinistros copos .
Do entra e sai,
Do senta e levanta,
Das risadas e sussurros ,
E transitam por um labirinto de olhares
vagos .
No outro lado , num
canto
Uma sombra balança seu infortúnio
De onde estou, imagino
Pelas faces em agonia ,
E pingam nas mãos cruzadas ,
Desamparadas, frias , sobre a mesa ,
À procura
de consolo e calor .
Esqueço que vim aqui , como muitos ,
Dirijo-me àquela mesa .
Sento-me vagarosamente
E toco
aquelas mãos inquietas,
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google
3 comentários:
Quer algo melhor?
O poema combina muito com a imagem.
Meu abraço.
Sem dúvida, um belo poema. Descreve um clima bucólico, triste, muito comum nos bares de hoje em dia. A solidão acompanhada... Um traço dos nossos dias... Abraços, amiga...
UAUH!
Que desnudar de almas.
Lindo........
Re
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