sexta-feira, 30 de maio de 2014

Permito-me...






Permito-me divisar o tempo que passa
E embalar-me na rede das lembranças.
Permito-me caminhar ao léu
E seguir o rumo do sonho do poeta.
Permito-me sentar à beira-mar
E ouvir as ternas canções das ondas.
Permito-me percorrer descalça o jardim
E observar o alvoroço das flores apaixonadas.
Permito-me chorar a insensibilidade do mundo
E gritar a dor de mãos famintas estendidas.
Permito-me ultrapassar sozinha as dificuldades
E conseguir atingir meu lado harmônico.
Permito-me vestir-me com o brilho das estrelas
E alentar os corações aflitos.
Permito-me ser o sol da melodia ímpar
E curar os dós daqueles que se maltratam.

 

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google


3 comentários:

Anônimo disse...

E eu, sempre e cada vez mais admiradora da sua infinita inspiração poética, ouso repetir que adoro, em especial, estas suas poesias livres. Não sei bem se é assim, ou se é impressão minha que eu me sinto diferente leitora diante delas.
Porém, é fato que eu me encanto com o que você escreve, e a sinceridade que se revela no seu estilo de “poetar” é algo que muito me atrai.
Um abraço, Mardilê.
Irany

Anônimo disse...

E eu, sempre e cada vez mais admiradora da sua infinita inspiração poética, ouso repetir que adoro, em especial, estas suas poesias livres. Não sei bem se é assim, ou se é impressão minha que eu me sinto diferente leitora diante delas.
Porém, é fato que eu me encanto com o que você escreve, e a sinceridade que se revela no seu estilo de “poetar” é algo que muito me atrai.
Um abraço, Mardilê.
Irany

Jorge Sader Filho disse...

Permitir-se tantas mazelas para curar as dores dos outros é ter a alma muito elevada, caríssima Mardilê.
Abraço