sexta-feira, 20 de junho de 2014

Dissabor



No seu rosto transparece
Da sua alma o dissabor.
O brilho do olhar fenece,
Coração morre de dor.

Cala em mim a poesia
Do poeta que enternece.
Num lance a melancolia
No seu rosto transparece.

No seu rosto transparece
Vinco incontido de dor.
Sua voz entoa a prece
Da sua alma o dissabor.


Da sua alma o dissabor
Afasta toda a benesse.
E de modo sofredor
O brilho do olhar fenece.

O brilho do olhar fenece
E assim mortificador
Perde o corpo o alicerce,
Coração morre de dor.




Mardilê Friedrich Fabre


Imagem: Google

2 comentários:

Penélope disse...

Um encanto de poema que divido com outros espaços.
Deixo-te um abraço, menina!

Jorge Sader Filho disse...

Tranquilamente, Mardilê brinca com as palavras e acaba num feliz resultado.
Gosto disso. Abraço.