sexta-feira, 1 de maio de 2015

Ruptura





Cansei de tantas juras,
São palavras impuras
Atiradas ao vento.

Calo-me diante delas.
Sem emoção, tu apelas...
Entender-te? Até tento.

Por que afastas o olhar?
Fica o meu adeus no ar.
Ferida, eu só lamento.

Chorar? Não. É demais!
Livrar-me dos casuais
Encontros... Que momento!

Rega-me o alvorecer
Da vida sem temer
Dia que passe lento.

Não esperavas, sei.
Sigo hoje minha lei:
Largar caso cinzento.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google

4 comentários:

Anônimo disse...

Lindo, Mardilê.

Ontem eu estava escutando um sambinha, "a Flor e o Espinho", e fiquei com inveja de quem escreveu os 2 primeiros versos. Maravilha pura:

" Tire o seu sorriso do caminho,
Que eu quero passar com a minha dor..."

Abs, Claiton

Jorge Sader Filho disse...

Caso cinzento, é cinzento!
Parte para o braco, depressa!
Abraço.

Lina Piloneto disse...

Se desvia o olhar, então, já vai tarde...

Lina Piloneto disse...

Só nunca canse de escrever, querida Mardilê.. Beijos!