sábado, 24 de outubro de 2015

Na primavera



O amor floresce na primavera.
Assim como as flores do jardim
Germina em profusão a quimera.
Acomoda-se absoluto em mim.

Recebo-o tranquila, com enleio.
É dele que vem a fantasia.
Tudo é razão para devaneio
Da larva que o casulo alforria.

Afinal, primavera de cores,
De renovação da natureza,
Quando os seres vivos são atores,
E tudo transformam em beleza.

O ego contempla maravilhado
O amor sobreviver à distância,
Bater no coração machucado
E afugentar de vez a inconstância.

A alma também reconfortada
Rejubila-se com sentimento
Que a converte em imaculada
E a transporta ao infinito isento.



Mardilê Friedrich Fabre
Fonte:
www.jardinar.com.br

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