sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pobre Povo!



Sequestrados em sua terra.
Maltratados, ultrajados
Negros, que a vista descerra
Maltrapilhos, mutilados...

Escravizados por mãos
Impiedosas, insaciáveis...
Surrados. Pobres irmãos!
Direitos? miseráveis.

Do negro, povo humilhado,
Albergaram-se hartos rastros
(como quem grita calado)
Na rotina e nos cadastros.

A crença modificada
Chegou até o senhor.
Agora é afiançada
(Quem diria!) por doutor.

Vítimas de preconceitos,
Relegados à sarjeta,
À pobreza são sujeitos.
O que lhes resta? Escopeta?



Mardilê Friedrich Fabre

Imagens: Google

4 comentários:

Anônimo disse...

Um poema comovente para uma foto de cortar o coração...

Beijos e ótimo fds.

Jorge Sader Filho disse...

Os primeiros construtores de um país não podem ser deconhecidos. A riqueza brasileira iniciou com o trabalho escravo, feito pelos negros, a quem devemos gratidão e respeito!

Carinho, Mardilê, pela homenagem poética segura.
Jorge

Gislene disse...

Mardilê, palavras verdadeiras....de doer o coração, será verdade ainda?bj da Gisa

Maurélio disse...

O Brasil e os países escravagistas tem uma dívida impagável para com o povo Africano.
Grandiosa poesia Mardilê, os negros são discriminados violentamente até hoje.
Bjsss