sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Tempos Idos






























Houve tempos sem agruras
Em que a vida se dissolvia
Nas canções das tardes macias.

Houve tempos sem desatinos
Em que os devaneios supriam
As lacunas dos dias sombrios.

Houve tempos sem encruzilhadas
Em que a imaginação tramava
Os caminhos do destino arredio.

Houve tempos sem malícias
Em que a doçura apontava
As esquinas da sorte fugidia.

Houve tempos sem desilusões
Em que a crença aconchegava
As vontades dos corações singelos.

Houve tempos sem tormentos
Em que o cuidado enriquecia
Roteiros desenhados pela fragilidade.

Houve tempos sem saudades
Em que as palavras escreviam
Enredos plenos de afetos cruzados.

Houve tempos sem pressa
Em que o talento norteava
A cadência dos passos da poesia.


Mardilê Friedrich Fabre

5 comentários:

Rita Lavoyer disse...

Boa-tarde!
O meu nome é Rita Lavoyer.
Sou da cidade de Araçatuba- São Paulo.

Sou blogueira, membro da Cia dos blogueiros.

Há um projeto na Cia dos blogueiros, que pretende reunir o maior número possível de pessoas para compor um poema. Por isso o nome "O maior poema"

Estamos convidando todas as pessoas que têm blogs, por esta razão participo aqui.

Para acessar a Cia dos blogueiros o endereço é:
www.ciadosblogueiros.blogspot.com

ou no meu blog também encontrará informações de como participar.

www.ritalavoyer.blogspot.com

Inscreva-se! Participe!
Muito obrigada. Muito obrigada. Muito obrigada!
Rita Lavoyer

Jorge Sader Filho disse...

O final surpreendente é muito veradeiro!
Sutil, Mardilê!

Abraço,
Jorge

CCF disse...

Parabéns Mardilê, pelo seu belo e reflexivo Poema.
Maravilha!
CCF

Anônimo disse...

Gostei muito de te reconhecer em cada palavra!
Alma de poeta, raciocínio de poeta!
Como é bom flanar sobre a vida!
Lóla

Anônimo disse...

Lindo, Mardilê.
É música na mais pura essência.
Bjs, Cleiton.