Ao longo da qual verti
A inquietude do desejo de acertar .
Palmilho cada trecho ,
Entregando-me por inteiro .
Uma estranha força interior me conduz.
À sombra de uma árvore amiga ...
Convidou-me para prosseguir .
Levou-me em seus braços .
O encantamento exalava
A doçura das flores nascidas a esmo ,
E eu deslizava com a facilidade de um querubim
Se seria prudente continuar
De quem me esperava
Às vezes , sem muita direção ,
Impelida por obstinada fé
De que , no meu caminho ,
Mardilê Friedrich Fabre
4 comentários:
"Não há lugar para o desânimo", mas já há muitas sombras para o merecido descanso. Renovada as forças de sua experiência, de novo ao caminho que lhe compete.
O desânimo, sem dúvida, é o fim de tudo. O sonho acaba...
Abraço,
Jorge
Desanimar! Nem pensar, nunca devemos desistir de sonhar.
CCF
Mardilê, querida, achei fascinante este seu poema livre. Pareceu-me um delicado jogo de esconde-esconde, onde a personagem, ora se confunde, ora se encoraja, ora se emociona, ora se diverte.
Isto tudo, dito de uma maneira solta, tal qual o poema livre permite, e com a maestria de quem muito teve que recomeçar, é que é lindo! Porém, o mérito maior desta maravilhosa espécie de biografia está em ter sido escrita com a sua alma poética.
Desculpe esta descarada declaração de amor, porém, é que eu achei este o seu mais lindo poema.
Bjinhos. Irany
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