sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Remoto Amor



A adolescência seguia vagarosa e lânguida...
Durante a semana, os dias se arrastavam.
Para ver o sujeito de seus sonhos
Passar de longe, quantos subterfúgios!
Chegava o domingo! (Quantos com chuva!)
O coração inquieto batia rápido...
O destino era o clube, onde a vida cantava,
E o encontro não marcado acontecia.
Enfim, juntos por algumas horas...
As palavras eram desnecessárias,
Os olhares dardejavam centelhas de emoção,
E os corpos vibravam no ritmo do amor.
Nunca houve sequer um beijo,
O mais próximo, uma cabeça carinhosamente
Puxada para repousar no colo arfante,
Enquanto planavam ao som da melodia,
Arrebatados, esquecidos e enlevados,
Um do outro embebidos.



Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

4 comentários:

CCF disse...

Apaixonante.
CCF

Jorge Sader Filho disse...

É tão bom viver isto...
Acertou, Mardilê.

Abraço,
Jorge

Anônimo disse...

o que tu escreveste é o resumo dos sábados da minha adolescência na boate Kompha, do Orpheu(só que rolavam alguns agarras e beijinhos...)
Bjs, Claiton

Anônimo disse...

Olá, mardilê querida!

Vc buscou na memória a imagem da menina-moça despertando para o se sentir mulher e, com este poema, nos brindou com uma belíssima linguagem, ao mesmo tempo que romântica, plena de simplicidade.

Bjinhosss. irany